domingo, 24 de janeiro de 2016

A alegria no Senhor é Incondicional


Por Leopoldo Henrique

Sermão Temático, pregado no dia 16 de Junho de 2015, na sala de aula da Faculdade Teológica Batista de Osasco e Adjacências (FATBOA).

Filipenses 4.4: "Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se!"

Essa passagem Bíblica que lemos irmãos, nos mostra que devemos nos alegrar continuamente, sempre, no Senhor. O versículo lido nos traz a alegria como algo imperativo na vida do cristão, um mandamento da parte do escritor Paulo, inspirado pelo Espirito Santo.

Para entender melhor o conceito de alegria, recorri ao dicionário Aurélio, que me trouxe a seguinte definição: “Alegria é um estado de satisfação extrema. Sentimento de contentamento ou de prazer excessivo”.

Parece obvio que Paulo havia escrito esta carta em um momento de bonança. De satisfação emocional exorbitante. A alegria, é uma das maiores buscas da realização da humanidade. Alegria, felicidade, satisfação, etc. 

Para minha surpresa, de acordo com o comentário bíblico King James, Paulo quando escreveu esta carta para Igreja de Filipos, estava preso em Roma. 

Então por que Paulo estava trazendo essa recomendação de modo tão imperativo? Qual o motivo da alegria de um homem aprisionado?

A Bíblia Sagrada nos revela que Paulo foi visitado pelo Senhor Jesus quando o mesmo estava a caminho de Damasco a fim de prender os Cristãos.

Observei, então, que quando o Senhor Jesus, em sonho, envia Ananias a se encontrar com Paulo, o Senhor Jesus diz a Ananias (At 9.16) que mostraria o quando convinha que Paulo padecesse pelo Seu Nome.

Desde então, Paulo passou por duras provas durante a sua jornada cristã. Ele faz um breve resumo de seu sofrimento na carta que escreve a Igreja de Corinto (2 Co 11:23-28):


"São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas".

- Foi perseguido em Damasco (2 Cor. 11.32-33);

- Rejeitado em Jerusalém (At. 9.26-28);

- Esquecido em Tarso (At. 9.30-31);

- Apedrejado em Listra (At. 14.19);

- Preso e açoitado em Filipos (At. 16.19-26);

- Enfrentou feras em Éfeso (1 Co. 15.32);

- Preso em Jerusalém (At. 21,13);

- Sofreu naufrágio indo para Roma e uma víbora o mordeu na ilha de Malta (At 27.9; 28.1-10);

- Na sua primeira prisão em Roma, ao ir a julgamento, ninguém foi a seu favor (2 Tm 4.16);

- Foi abandonado por Demas, perseguido por Alexandre e sentenciado a morte por Nero. (2Tm 4.10; 2Tm4.14).

Como alguém com uma história de vida tão sofrida, tão difícil, poderia nos trazer esse mandamento?

Através de Paulo, podemos entender que a alegria do cristão não depende das circunstâncias;

I – Paulo tinha certeza que Deus estava no controle;

“Regozijai-vos sempre no Senhor...”  (v. 4a).

Paulo já tinha experimentado por inúmeras vezes as dificuldades dessa vida, mas em todas as vezes, nunca se sentiu desamparado por Deus. Paulo tinha certeza da provisão divina e nos deixa registrado no versículo 19: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprira todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus”.

Nós também somos experimentados constantemente em nossa vida com momentos bons e ruins. É a falta de emprego que as vezes bate a nossa porta e nos deixa preocupados. Uma doença grave a qual não esperávamos, mas que entra em nossa vida de forma sorrateira, ou na vida de um ente querido nosso. A dor de uma perda irreparável, irreversível, a qual faz parte do ciclo da vida humana nesta terra, mas que, nunca queremos aceitar. Ou quem sabe, uma família desequilibrada onde o pai ou a mãe não demonstram nenhum sentimento afetivo para com os filhos, vivem em conflitos. Filhos nas drogas, maridos violentos, afogados no vicio da bebida. São momentos que nos deixam aflitos, entristecidos. Momentos de tribulação, angustia e dor que parecem não terem mais fim.

Sabemos que o nosso Deus prova aquele a quem Ele ama. As provações pelas quais passamos nos fortalecem. É a maneira de Deus moldar o nosso vaso de barro. Afinal, que é o barro para dizer ao oleiro a maneira que o mesmo devera trabalhar? Paulo escrevendo a Igreja de Corinto (2 Coríntios 4:8-10) diz que em tudo somos atribulados, mas não angustiados. Perseguidos, mas não desamparados. Abatidos, mas não destruídos.

Paulo também passou por uma série de intempéries em sua vida. A diferença é que a alegria de Paulo estava alicerçada em um estado de Espirito, permanentemente otimista, em relação ao amor e ação de Deus a seu favor por meio do Espirito Santo.

A nossa alegria não está condicionada ao momento emocional o qual estamos enfrentando, de forma alguma, a nossa alegria está na esperança de que Deus tem o melhor para nossas vidas e que Ele pode nos tirar da situação adversa pela qual estejamos passando. Que Ele provera uma porta de escape para nós. E ainda que o resultado não seja o que esperamos, saibamos que Ele sempre tem o melhor para nossas vidas.

Assim como Paulo nos deixou registrado nesse mesmo capitulo da carta aos filipenses no versículo 4; “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. Nós também podemos todas as coisas naquele que nos fortalece.

II – Paulo não esperava somente nesta vida;

“... outra vez vos digo, regozijai-vos” (v. 6c).

Paulo tinha alegria porque não estava esperando somente nessa vida. A motivação de Paulo a passar os momentos emocionais adversos com alegria, é porque ele tinha certeza que havia algo muito mais excelente aguardando ele na vida futura.

Precisamos, assim como Paulo, nos ligarmos mais ao céu. Muitos estão perdendo a alegria porque estão esperando somente nas coisas terrenas. O materialismo e o secularismo tem aberto largas portas no coração do homem, onde a tristeza e a desilusão tem trazido dores incalculáveis. Muitos tem dado fim a própria vida, cometidos atrocidades, cometidos delitos, tudo porque não conseguiram se realizar com os prazeres supérfluos do mundo.

Mas Paulo consegue ver no sofrimento algo positivo, a ponto de escrever aos Coríntios que: "[…] pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno". (2 Coríntios 4:17-18).

Enquanto a alegria do mundo está condicionada há um bom emprego, há uma vida regada por benefícios materiais e prazeres passageiros. E quando isso não acontece, ou quando algo dá errado no meio do percurso por essa busca desenfreada, a tristeza invade o coração do homem. O Cristão tem a sua alegria alicerçada na esperança de que um dia iremos morar no céu. Que um dia veremos o nosso Senhor Jesus face a face como Ele é. A alegria do Cristão está na certeza que o nosso Mestre foi nos preparar um lugar de gozo, prazer inefável, onde viveremos eternamente.

Naquele dia, o Senhor limpara de nossos olhos todas as lagrimas.

Conclusão:

A vida de Paulo nos deixa bem claro que devemos adorar a Deus pelo que Ele é e não pelo que Ele pode.

Embora passemos por momentos difíceis nesta terra, a nossa alegria está na certeza de que Deus tem poder para suprir toda a nossa necessidade aqui nesta terra segundo a Sua vontade. E ainda algo muito mais excelente, um dia iremos morar com nosso Senhor Jesus na gloria.

A nossa alegria consiste em fazer a obra de Deus. Nos alegramos no sofrimento, pois assim como Paulo, nossa esperança não está somente nesta vida, sabemos que há uma coroa de gloria reservada que o justo juiz dará para todo aquele que perseverar até o fim.

O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória. Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada. (Romanos 8:16-18).

Amém!

Sobre o Autor: Léo Henrique é cristão bereiano, piedoso servo de Deus, engenheiro de telecomunicações, ministro do evangelho, professor da Escola Bíblica Dominical, é membro da Assembleia de Deus ministério do Belem e ilustre colaborador adjunto do blog Teologando.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

A perseverança e os pecados dos verdadeiros crentes

 

Por Ewerton Barcelos Tokashiki

Os verdadeiros crentes salvos em Cristo Jesus são chamados para viver a graça de Deus livres da escravidão do pecado. Mas, a doutrina da Perseverança dos Santos também reconhece que aos convertidos lhes seja possível ainda cair em pecados. E sobretudo é possível que sejam pecados graves, e que neles permaneçam por algum tempo, sem perder a sua salvação.

Todavia, os verdadeiros crentes são trazidos de volta à sensatez espiritual, através de um genuíno arrependimento produzido pelo Espírito Santo (2 Co 7:8-10).

Não afirmamos que ao salvo lhe seja permitido pecar à vontade.

Segurança não significa libertinagem, senão estabilidade e gratidão. Aqueles que acusam esta doutrina de permissão para o pecado, simplesmente demonstram ignorância do assunto.

A perseverança é em santidade, pela graça, livres do pecado. A salvação nunca é simplesmente a salvação da culpa do pecado, mas também do poder do pecado. [1] É impossível que alguém seja salvo da culpa do pecado sem sê-lo do poder do pecado.

A Palavra de Deus não nos promete em nenhum lugar que depois de regenerados não pecaremos mais.

A Bíblia nos exorta enfaticamente à não pecar, todavia, se viermos a pecar podemos confiar no gracioso perdão do Pai (1 Jo 1:8-10).

É esta a confiança que o apóstolo João se refere quando fala “meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo 2:1, NVI).

J.I. Packer declara que: às vezes, os regenerados apostatam e caem em grave pecado. Mas nisto eles agem fora de seu caráter, violentam sua própria nova natureza e fazem-se profundamente miseráveis, até que finalmente buscam e encontram sua restauração à vida de retidão. Ao rever sua falta, ela lhes parece ter sido loucura. [2]

O pecado na vida do regenerado não pode ser causa de perdição. Lutero disse que o cristão é simul justus et peccator , ou seja, é declarado justo, mas ainda é reconhecido como pecador.

A salvação em Cristo Jesus compreende o sermos declarados justos e recebidos como santos diante de Deus, pelos méritos de Cristo aplicados em nós, pelo Espírito Santo.

Logo, não há mais condenação (Rm 8:1), nem escravidão do pecado, mas paz e segurança em Cristo (Rm 5:1-5), e conseqüentemente o verdadeiro crente não pode perder sua salvação.

O pecado cometido pelo crente não é menos grave do que o pecado praticado pelo ímpio.

Todavia, o crente é tratado de um modo diferente do ímpio, em sua punição.

Um verdadeiro crente possui a confiança produzida pelo próprio Espírito de Deus, que Ele “não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui segundo a nossa iniqüidade” (Sl 105:10, ARA).

Eles estão vivendo sustentados pela graça, e não são tratados segundo as suas obras. Mas, Ele nos trata como filhos (Hb 12:7). Logo, para os que estão salvos em Cristo Jesus, a morte deixa de ser “o salário do pecado”, pois já receberam o “dom gratuito de Deus que é a vida eterna” (Rm 6:23, ARA).


Quando os verdadeiros crentes caem em pecado, mesmo pecados graves e escandalosos, eles não são abandonados por Deus. Deus nunca desiste deles (Rm 8:31-39). Como um Pai restaura os seus filhos, os disciplina “porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.

"É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos” (Hb 12:6, ARA).

O apóstolo Paulo afirma esta mesma verdade dizendo que “quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo” (1 Co 11:32). É possível cair em pecado, mas é impossível cair da graça de Deus.

“Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14, NVI).

NOTAS:

[1] Edwin H. Palmer, Doctrinas Claves (El Estandarte de la Verdad, 1997), p. 137

[2] J.I. Packer, Teologia Concisa (São Paulo, Ed. Cultura Cristã, 1999) p. 224.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Pode o crente perder a Salvação?

Por Douglas Pereira da Silva

Ora, salvação não se perde de forma alguma!

Não faria sentido algum o individuo nascer de novo, e depois desnascer...

Pois se não, Deus teria que voltar atrás em sua Palavra, e o Eterno teria mentido e nos enganado em Filipenses 1.6:

“Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;”.

A obra que Deus começa, jamais fica pela metade do caminho ou inacabada!

Se fomos salvos pelo Senhor Jesus sem mérito algum, como poderíamos perder a nossa salvação eterna pelo demérito?

Ora minha gente, no demérito nós já estamos, pois não há homem que não peque (I Reis 8.46; I João 1.8-10).

Como pode a pessoa perder algo que ela ganhou de graça, sendo que nem merecia ganhar desde o inicio?

Elencarei abaixo 80 razões teológicas que são mais do que suficientes para lhes demonstrar que o cristão, jamais perde a salvação:

1. Gênesis 7:16 - Sendo a arca um tipo de Cristo (IPe.3:20,21; Rm.3:6:4), o crente está seguro nele (Cl.3:3; Ap.3:7).

02. Efésios 4:30 - O crente está selado no Espirito Santo (Ef.1:13; IITm.2:19), e este selo é inviolável e irrevogável (Es.8:8; Dn.6:12).

03. II Coríntios 1:22 - O crente tem o penhor do Espirito Santo como garantia segura e inabalável (IICo.5:5).

04. Gálatas 3:15 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão (Gl.3:29), uma aliança irrevogável.

05. I Coríntios 11:25 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão, uma aliança incondicional, selada com sangue (Jr.34:18, 19; Gn.15:12-21), e não com sapato (Rt.4:7,8) ou com sal (Nm.18:19; Lv.2:13).

06. Gênesis 15:12 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão, uma aliança unilateral (o rompimento da aliança só seria possível se Deus morresse).

07. Jeremias 31:31-33 - Mediante a nova aliança (com sangue), o temor do Senhor é insuflado no coração do crente (Jr.32:39,40) para que não se aparte de Deus (Hb.3:12;8:8-13; Ez.36:26,27).

08. Salmos 12:7 - O crente é guardado por Deus, do mal que há no mundo.

09. Salmos 17:8 - O crente é guardado por Deus como a menina dos Seus olhos.

10. Salmos 25:20 - A alma do crente é guardado por Deus (Sl.97:10).

11. Salmos 37:28 - O crente é preservado para sempre.

12. Salmos 12l:5-8 - O Senhor guarda o crente; guarda a sua alma de todo o mal; guarda a sua saída; guarda a sua entrada; e o guarda para sempre.

13. Salmos 145:20 - O Senhor guarda os crentes que O amam.

14. Jeremias 31:3 - O amor de Deus para com o crente é eterno.

15. Jó 5:19 - O crente é guardado do mal (Sl.91: Jo.17:9-26).

16. I João 5:18 - O crente é guardado do maligno (IITs.3:3; Jr.31:11).

17. Judas 24 - O crente é guardado para não tropeçar (ISm.2:9; Is.63:13).

18. João 11:9 - A fé do crente não lhe permite tropeçar (Rm.9:31-33).

19. Provérbios 10:25 - O crente tem perpétuo fundamento (IITm.2:19; ICo.3:11).

20. I Pedro 1:5 - O crente é guardado pela fé no poder de Deus.

21. Hebreus 12:2 - Jesus é o Autor da fé, e por isso, o crente não pode perdê-la (Fp.1:29; ICo.3:5; At.18:27; Gl.5:22; IITs.3:2).

22. Romanos 16:25 - O crente é guardado pelo poder de Deus (IITm.1:12; Jd.24).

23. Hebreus 6:17 - A salvação do crente se fundamenta em duas coisas imutáveis: a) a promessa (Js.21:45; At.13:32; IICo.1:20; Ef.3:6; Hb.9:14,15;10:23; IJo.2:25); b) o juramento (Hb.6:16). Só a promessa, sem o juramento já era em si mesma suficiente, mas Deus querendo mostrar a imutabilidade daquilo que Ele decretou, foi além da promessa, fazendo juramento. E Deus foi ainda mais além quando jurou pelo Seu próprio nome, porque não havia outro nome superior ao Seu (Hb.6:13,16; Jr.44:26;Nm.23:19).

24. Salmos 37:33 - O crente jamais será condenado (Sl.89:30-35; ICo.11:32).

25. Salmos 37:23,24 - Se o crente cair, não ficará prostrado (Sl.145:14; Pv.24:16; Jó 4:4; Rm.14:4;Mq.7:8).

26. Salmos 121:3 - O crente pode cair da graça (Gl.5:4), mas jamais cairá para a perdição (Sl.17:5;66:9).

27. Isaías 46:3,4 - O crente é conduzido por Deus até o fim (Sl.121:8).

28. I Coríntios 10:13 - A tentação não pode condenar o crente (Rm.6:14,18; IIPe.2:9).

29. João 4:14 - O crente jamais terá sede (Lc.16:24).

30. João 5:24 - O crente já passou da morte para a vida.

31. Romanos 6:8,9 - O crente já morreu com Cristo (IITm.2:11).

32. I Pedro 1:3,4 - O crente foi regenerado para uma viva esperança.

33. I Pedro 1:23 - O crente foi regenerado pela Palavra de Deus.

34. I João 3:9 - O crente foi regenerado pelo Espirito Santo (Jo.3:5; Tt.3:5).

35. João 6:37-40 - O crente jamais será lançado fora.

36. João 6:47 - O crente já possui a vida eterna (IJo.5:11-13; ITm.6:12).

37. João 10:28 - O crente não pode ser arrancado da mão do Filho.

38. João 10:29 - O crente não pode ser arrancado da mão do Pai.

39. Lucas 15:3-10 - Há alegria no céu por um pecador que se arrepende.

40. João 10:27 - O crente é conhecido do Senhor (Jo.10:14; IITm.2:19; ICo.8:3; Gl.4:9; Mt.7:21-23).

41. Mateus 28:20 - Jesus está com o crente todos os dias até o fim dos séculos.

42. Romanos 8:1 - Nenhuma condenação há para o crente (Rm.8:33,34).

43. Romanos 8:30 - Sendo justificado, o crente também será glorificado.

44. Romanos 8:28 - Todas as coisas cooperam para o bem do crente (Gn.50:20).

45. Romanos 8:35-39 - Nada poderá separar o crente do amor de Deus (Jo.13:1).

46. I Coríntios 3:15 - O crente infiel será salvo como pelo fogo (ICo.5:1-5;11:29-32).

47. I Coríntios 1:8 - O crente será confirmado até o fim (Rm.16:25; IITs.3:3).

48. Filipenses 1:6 - Deus mesmo terminará a obra no crente (Fp.2:13).

49. Colossenses 3:3 - A vida do crente está escondida com Cristo em Deus.

50. Efésios 5:27 - A igreja será sempre irrepreensível (IICo.11:2; ICo.12:26,27).

51. I Tessalonicenses 5:1-10 - O crente não será surpreendido na vinda do Senhor

52. II Timóteo 2:13 - O crente infiel será salvo pela fidelidade de Deus (Rm.3:3).

53. Hebreus 13:5 - O crente jamais será abandonado por Deus.

54. I João 5:1 - O crente é nascido de Deus, e não pode "desnascer".

55. I Pedro 1:4 - O crente possui a natureza divina.

56. Romanos 8:9-11 - O crente é propriedade de Cristo (ICo.6:19,20).

57. I Tessalonicenses 5:23,24 - O crente é conservado irrepreensível.

58. I João 5:16 - O crente não pode pecar para a morte eterna (IJo.3:9;5:18).

59. I Coríntios 12:3 - O crente não pode blasfemar contra o Espírito Santo (Mt.12:32; Mc.9:39,40;Lc.11:23; IJo.5:10; Jo.3:33).

60. I João 2:19 - O crente é perseverante na fé (Mt.10:22;24:13; IIJo.9; Ap.13:10;14:12).

61. João 10:26 - O crente é ovelha e não porca lavada (IIPe.2:20-22).

62. João 13:10 - O crente já está limpo do seu pecado (Jo.15:3).

63. I Coríntios 1:30 - Cristo é a justiça do crente.

64. I Coríntios 1:30 - Cristo é a santificação do crente.

65. I Coríntios 1:30 - Cristo é a redenção do crente.

66. Salmos 25:20 - Deus é o refúgio do crente (Hb.6:18).

67. I João 2:22,23 - O crente não pode negar o filho (Mt.10:33; IITm.2:12).

68. Romanos 8:37 - O crente sempre será vencedor (Jo.16:33; Ap.2:7,11,17,26;3:5,12,21).

69. I João 5:4 - O crente vence o mundo.

70. I João 2:14 - O crente vence o diabo (IJo.4:4; Ap.12:11).

71. Romanos 6:14 - O crente vence o pecado (a carne).

72. Romanos 11:29 - O dom de Deus é irrevogável.

73. João 19:30 - Todo o pecado do crente está consumado.

74. Gálatas 3:13 - O crente foi resgatado para sempre da maldição da lei.

75. Apocalipse 5:9 - O crente foi comprado com sangue (ICo.6:20;7:23; IPe.1:18,19).

76. Salmos 90:17 - É Deus quem efetua a obra no crente (Jo.3:21; Ef.3:20; Is.26:12;64:4; Fp.2:13).

77. João 17:20 - Cristo intercedeu pelos crentes, e continua intercedendo (Hb.7:25; IJo.2:1; Rm.8:34).

78. Romanos 8:26,27 - O Espírito Santo intercede pelo crente.

79. II Coríntios 1:20 - Jesus é o "Amém" das promessas de Deus (Jo.6:47).

80. I Pedro 4:1 - O crente já cessou do pecado (Rm.6:14; IJo.3:9).

Glorificado, Exaltado, Louvado, Adorado e Reverenciado seja o Senhor Deus Todo Poderoso por tão gloriosa Salvação!

A alma que pecar, essa morrerá - Parte II


Por Onicio Fabri

Esta frase é usada de forma generalizada no meio CCBeano.

Em uma interpretação completamente fora de contexto para julgar, sentenciar e condenar aos que cometem pecados, os membros da denominação afirmam que quem peca morre imediatamente. Mas vamos ver o que diz em Ezequiel 18:20?

EZEQUIEL 18:20 - "A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele".

Por falta de conhecimentos, os povos daquela época diziam que o sofrimento pelos quais estavam enfrentando, era herança dos pecados cometidos pelos seus antepassados, eles acreditavam que os filhos pagavam pelos pecados dos pais, criam que Deus punia os filhos pelos erros e transgressões de seus pais. E havia até um ditado popular que dizia: "OS PAIS COMERAM UVAS VERDES E OS DENTES DOS FILHOS EMBOTARAM" - EZEQUIEL 18:2

Mas o profeta Ezequiel no próprio versículo 20 do capitulo 18 esclarece que: "O filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho", desta forma, cada um de nós somos responsáveis pelos nossos próprios atos. não devemos esquecer que para um entendimento correto de um versículo bíblico, é preciso fazer uma analise contextualizada do capitulo e as vezes até do livro inteiro.

A verdade é que naquela época estava em vigor a Lei de Moisés. "A LEI MOSAICA", a velha aliança, e a palavra "ALMA" tinha sentido de gente, de pessoa (ATOS 2:41).

E, de acordo com a Lei de Moisés, qualquer pessoa que cometesse pecado tinha que morrer de alguma forma: Apedrejado, crucificado, degolado, e outros meios.

Portanto, "a alma que pecar essa morrera" não se trata da morte espiritual do pecador, trata-se da morte física da pessoa que cometia um pecado.

Hoje estamos debaixo da Graça do Filho de Deus, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que já pagou pelos nossos pecados, e Ele mesmo afirma que "TODOS os pecados serão perdoados aos homens, exceto a Blasfêmia contra o Espirito Santo" (MATEUS 12:31).

"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça". (I JOÃO 1:9).

"Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo" (I JOÃO 2).

Portanto, nos evangelhos encontramos respaldo suficientes para afirmar que: "A ALMA QUE PECA" não morre instantaneamente, a morte da alma só ocorre se a pessoa continuar na vida pecaminosa E NUNCA SE ARREPENDER, viver deliberadamente em pecado.

"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (ROMANOS 6:23).

domingo, 17 de janeiro de 2016

Há possibilidade do salvo em Jesus perder a sua salvação?


Por Onicio Fabri

Um cristão verdadeiro não perde a salvação! 

A Palavra de Deus nos assevera que um cristão verdadeiro não pode perder a salvação. A partir do momento que o cristão recebe a Jesus Cristo como seu único e suficiente salvador ele passa a ser uma nova criatura, a redenção não pode ser desfeita. 

Se um cristão genuíno pudesse perder a salvação, Deus teria que voltar atrás com Sua palavra e mudar de ideia.

Em duas situações podemos até dizer que o cristão pode perder a salvação:

1 - Há pessoas que se dizem cristãs mas vivem dissolutamente e continuamente numa vida pecaminosa e imoral. Logo, este não é um cristão verdadeiro.

2 - Há pessoas que se dizem cristãs, mas que em um determinado momento da vida elas abandonam a fé e rejeitam a Cristo. Logo, este não é um cristão verdadeiro.

A Palavra diz que um cristão verdadeiro não vai viver continuamente em um estilo de vida imoral - I JOÃO 3:6 - "Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu".

A Bíblia declara que qualquer um que abandone a fé está demonstrando que nunca foi um cristão verdadeiro - 1 JOÃO 2:19 - "Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós".

Portanto, um cristão verdadeiro, um cristão cumpridor e obediente as determinações da Palavra de Deus, jamais pode perder a salvação. ROMANOS 8:38-39 - "Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor".

JOÃO 10: 28-29 - "E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai".

JUDAS 1:24-25 - "Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém".

sábado, 16 de janeiro de 2016

Respondendo o comentário de um irmão descrente da Segurança Eterna dos Salvos


Por Douglas Pereira da Silva

Prezado Irmão em Cristo XXXXXX,

A paz de Deus!

Venho por meio deste post refutar, respeitosamente e com amor cristão, a sua opinião escrita no artigo “O que é cair da graça? ”.

Encontrei nela uma grande oportunidade de aprendizado, ainda que não tenha o habito de rechaçar tudo o que leio neste modesto espaço. Mas me chamou atenção, dado o seu esforço e cordialidade, além de prestigiar-me com sua ilustre visita e participação, por isso desejei ardentemente responder às suas objeções. Farei minhas colocações segmentando o seu comentário, destacando-o em negrito na cor azul.

Graça e paz a todos!

Saibam irmãos, que por Jesus pregar em uma região habitada por judeus em sua maioria, praticamente só falava com judeus. Isto não significa que seus ensinos foram dirigidos com exclusividade aos judeus. Exemplos: Mateus 10:22. A necessidade de perseverá ATÉ O FIM,é para todos os Filhos de Deus

Amém querido irmão! - sou grato pelo seu comentário e participação. 

Concordo com você neste sentido. Sem dúvida alguma a doutrina do nosso Senhor é para todos os que creem em seu nome, isto é, independem de raça, nacionalidade e etnia.

No entanto, o irmão está completamente equivocado ao utilizar como exemplo em sua objeção o verso 22 de Mateus 10. Este capítulo especificamente, é uma orientação com discurso Escatológico dada pelo nosso Senhor aos discípulos, dirigida - indubitavelmente - apenas para os judeus.

O seu equivoco consiste em “isolar” o verso 22 e ignorar todo o contexto do capitulo 10, para concluir erroneamente que “os que não perseveram até o fim perderá a salvação”

Entrementes, note com espirito de devoção e humildade, os versos 5, 6 e 7 do mesmo capítulo:

“Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. ” (Mateus 10.5-7)

Se a mensagem aqui era para todos os povos - como o irmão inferiu no seu comentário - por que, então, Jesus proibiu os discípulos de forma tão veemente, anunciar o evangelho a todos os que não eram judeus? E ainda deu ordens expressas para pregar o evangelho “às ovelhas perdidas da casa de Israel”, isto é, os judeus? O Senhor Jesus seria egoísta a tal ponto de não desejar que todos se salvassem através da Fé e do Arrependimento? Bem, eu creio que não!

O discurso do Senhor Jesus no capítulo 10 de Mateus, como havia dito anteriormente, é tema Escatológico – para concluir esta verdade, basta observar com diligencia e dedicação a ênfase do Senhor no versículo 7: “... É chegado o reino dos céus. ”; o mesmo tema é novamente proposto e elucidado com riqueza de detalhes no capitulo 24, no Sermão Profético:

“Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mateus 24.13)

Com este dizer, o Senhor não esta falando de salvação eterna da alma, como você interpretou.
O relato catastrófico previsto pelo nosso Senhor, ocorrerá durante um período chamado de Grande Tribulação.

Portanto, aqui fala da salvação do corpo carnal, isto é, da integridade física dos judeus durante a perseguição das guerras que irão sofrer neste período em que a IGREJA já estará com o Senhor nos Céus, para então retornar após sete anos a fim de inaugurar o Glorioso Reino de mil anos, conforme previu o apostolo João em Apocalipse 20.

Basta ler o versículo 22 para entender isso:

“E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias”. (Mateus 24.22).

Idem para João 8:31-32. Efésios 2:14-16 quando criou o NOVO POVO DE DEUS, constituído dos convertidos a Jesus, tanto por nós, quanto por judeus convertidos e outros.

Todos estes versículos mencionados, estão completamente divorciados de nosso assunto em questão. Nenhum deles, é base para defender a heresia da "perca da salvação". Portanto faltou aqui, uma exegese saudável e coerente!

Em João 8.31-32, nada é dito com respeito à perspectiva da Soteriológia. Neste capítulo, o Senhor Jesus estava defendendo a sua missão e autoridade. Nos versos que você cita, o Senhor esclarece aos seus ouvintes que o verdadeiro discípulo permanece na Palavra de Deus. Somente assim pode penetrar mais profundamente nos ensinos de Jesus e receber o conhecimento da verdade que o libertará. Esta liberdade, os judeus entendiam apenas no aspecto político, e não espiritual.
No aspecto espiritual, todavia, sofremos ainda com a presença do pecado em nossos membros, em nosso corpo (Romanos 7.15-25), mas graças a Deus por Jesus o nosso Senhor, estamos completamente livres da condenação do pecado (Romanos 8).

Em Efésios 2.14-16, também nada é dito sobre perder a salvação. Paulo fala da separação entre o judeu e o gentio; mas Cristo introduz pela sua obra expiatória o conceito da nova criação, ou seja, os dois são o judeu e o gentio. O novo homem é o cristão!

Se já estivéssemos de posse da salvação como diz o irmão Douglas ao citar João 5:24, não haveria por que temermos o risco de sermos cortados como dito em João 15:2.

Prezamado irmão, em João 15.2, Jesus não está falando em hipóteses alguma, de perca da salvação!

Analisemos com cautela e piedade esta passagem:

"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem". (João 15.1-6).

Observe que Jesus está usando uma figura de linguagem em seu discurso para transmitir um importantíssimo ensino. Isto posto, Jesus não era uma videira, e nós, muito menos, varas, no sentido Literal. Portanto, a partícula “e os colhem e lançam no fogo, e ardem” - no final do versículo 6 - não pode ser o fogo Literal do Inferno posto que o Senhor está usando uma figura de linguagem!

O assunto aqui é dar ou não dar fruto e ser ou não um testemunho para Deus. Se o assunto fosse a salvação por frutos, então entraria em contradição com Efésios que diz: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2.8-9).

A ideia de varas no sentido de testemunho é também usada por Paulo em Romanos 11, quando também fala de Israel ter sido cortado como testemunho e do risco da cristandade ser cortada como testemunho de Deus neste mundo.

Ainda falando em Fogo, a maior prova contundente que o crente não perde a salvação é dada pelo apostolo Paulo, ao dizer que haverá cristãos no dia do tribunal de Cristo que não terão boas obras, bons frutos para apresentar ao Senhor. Todavia, estes serão salvos como que pelo Fogo:

“A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo”. (I Coríntios 3:13-15)

O que dizer do ensino da perseverança para se salvar visto em 1 Timóteo 4:16? Qual o risco que haveria em 1 Pedro 5:8? E Apocalipse 22:19? O que dizer de Romanos 13:11 que diz que a salvação AINDA É ESPERADA? 

Mais uma vez meu amado, em nenhum destes versos que o egrégio irmão mencionou está ensinando a perca da salvação. Suas conclusões - permita-me dizer - é fruto do desastre da falta de uma boa exegese e dedicação no estudo sistemático da Sagrada Escritura! Vejamos:

“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”. (I Timóteo 4.16)

Pergunto: Você pode "te salvar" da condenação eterna?

O "te salvarás" não tem nada a ver com a salvação eterna, pois se tivesse nós seríamos nossos próprios salvadores. Aí Paulo não teria dito ao carcereiro "Crê no Senhor Jesus e serás salvo" (Atos 16.31), mas "Salve-se a si mesmo".

Qual é então o significado do verbo salvar aqui?

Respondo: Preservar-se de ser enganado e contaminado pelos mesmos falsos mestres dos quais ele fala no início do capítulo, que imporiam uma série de restrições aos seus seguidores. Ser "salvo" das "fábulas profanas e de velhas". A exortação para ele "ler, exortar e ensinar", meditar "estas coisas", ocupar-se nelas, ter cuidado da doutrina, tudo tem por objetivo mantê-lo longe do engano e do erro, ficar a salvo, ou "salvar-se" e "salvar" (manter "a salvo") também os que o escutarem.

De novo, o irmão isolou o versículo de todo o contexto para defender uma doutrina que sequer existe!

Para abreviarmos este artigo, a fim de não tornar a leitura chata, cansativa e enfastiante para nossos diletos leitores, vou omitir comentários dos versículos de I Pedro 5.8, Apocalipse 22.19 e Romanos 13.11. 

Pois mais uma vez, em nenhum destes versos que o nobre irmão menciona esta propondo ou sequer sugerindo que um salvo, lavado e remido no Senhor, perde a salvação em virtude do pecado!

Cuidado irmãos. O ensino de que já recebemos a salvação, é um dos grandes causadores da multidão de "desviados" que estão no mundo e pensam que estão ou foram salvos. Somente os que morreram estando em Cristo estão verdadeiramente salvos. A coisa é tão séria, que Jesus revela em Mateus 7:21-23 "Nem todo o que me diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus".

Ora, é muito simples!

Estes que se diziam salvo e se desviaram definitivamente dos caminhos do Senhor, sem nunca voltar como o filho pródigo fez (Lucas 15.11-32), nunca foram salvos. Na verdade, tratava-se de falsos irmãos e cristãos nominais:

"Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós". (I João 2.19)

É tal como o discípulo Judas Iscariotes que andou com o Senhor durante o seu glorioso ministério terreno. No entanto, ele nunca foi um cristão de verdade, nunca foi salvo. O próprio Senhor o chama de diabo:

“Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? e um de vós é um diabo. E isto dizia ele de Judas Iscariotes, filho de Simão; porque este o havia de entregar, sendo um dos doze”. (João 6.70,71)

Judas desviou-se não foi porque pecou traindo a confiança do Senhor Jesus, mas foi para voltar para o lugar que lhe era próprio:

para tomar o lugar neste ministério e apostolado, do qual Judas se desviou para ir ao seu próprio lugar. (Atos 1.25)

Ora meu irmão, o crente não pode perder a salvação, e não sou eu quem diz isso. É o próprio Senhor quem diz:

“E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um”. (João 10:28-30)

Se você diz que podemos pecar à vontade, já que salvação não se perde, então você nunca foi salvo, nunca foi crente de verdade, isto é, você nunca morreu para o pecado e nasceu uma nova criatura:

“Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Romanos 6.1,2) 

A identidade do salvo, daquele que foi regenerado pelo Senhor e possui uma nova natureza, e, portanto, ama verdadeiramente ao Senhor, é fazer diligentemente a vontade de Deus:

"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele". (João 14:21)

O salvo pode cair em pecados, até mesmo nos mais hediondos. Todavia, fara de tudo para sair desta condição, clamando pela misericórdia e pelo divino perdão de Deus!

Portanto, concluo minha resposta com as sacras palavras do apostolo Paulo:

"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor". (Romanos 8:35-39)

Que Deus te abençoe!