terça-feira, 24 de novembro de 2015

O que é o Perdão?




Pornografia: O Novo Narcótico

 
Por John Piper
 
O novo narcótico. Morgan Bennett acabou de publicar um artigo com esse título. A tese:
Uma pesquisa neurológica revelou que o efeito da pornografia na internet sobre o cérebro humano é tão potente — se não mais — do que substâncias químicas que viciam, tais como cocaína e heroína.
Para piorar as coisas, existem 1,9 milhões de usuários de cocaína, e 2 milhões de usuários de heroína, nos Estados Unidos, comparado a 40 milhões de usuários regulares de pornografia online.
 
Aqui está o porquê do poder viciante da pornografia poder ser pior:
Cocaína é considerada um estimulante que aumenta os níveis de dopamina no cérebro. Dopamina é o principal neurotransmissor que as substâncias mais viciantes liberam, enquanto causa uma “alta” e um subsequente desejo por uma repetição da alta, ao invés de uma sensação posterior de satisfação por meio de endorfinas.
Heroína, por outro lado, é preparada com ópio, que tem um efeito relaxante. Ambas as drogas provocam tolerância química, que requer quantidades cada vez mais altas da droga para atingir a mesma intensidade de efeito.
Pornografia, ao fazer ambos o despertar (o efeito de “alta” via dopamina) e causar um orgasmo (o efeito “relaxante” via ópio), é um tipo de “polidroga” que provoca ambos os tipos de substâncias químicas viciantes no cérebro de uma vez, aumentando sua tendência viciante.
Mas, Bennett diz, “pornografia na internet faz mais do que apenas aumentar significativamente o nível de dopamina no cérebro por uma sensação de prazer. Ela literalmente altera a matéria física dentro do cérebro para que novos caminhos neurológicos necessitem de material pornográfico, a fim de provocar a sensação de recompensa desejada.”
Imagine o cérebro como uma floresta onde trilhas são desgastadas por caminhantes que caminham pelo mesmo caminho de novo e de novo, dia após dia. A exposição a imagens pornográficas cria caminhos nervosos parecidos que, com o tempo, se tornam mais e mais “bem pavimentados” conforme eles são repetidamente trafegados com cada exposição a pornografia. Aqueles caminhos neurológicos eventualmente se tornam a trilha na floresta do cérebro pela qual cada interação sexual é enviada. Portanto, o usuário de pornografia, seja homem ou mulher, “criou inconscientemente um circuito neurológico” que faz sua perspectiva padrão em relação as matérias sexuais dominada pelas normas e expectativas da pornografia.
Esses caminhos viciantes não somente nos fazem filtrar todo estímulo sexual através do filtro pornográfico; eles despertam o desejo por “mais conteúdo pornográfico como mais prática de tabus sexuais, pornografia infantil, ou pornografia sadomasoquista.”
E isso piora:
Outro aspecto do vício em pornografia que supera as características viciantes e nocivas do abuso de substâncias químicas é sua permanência. Enquanto substâncias podem ser metabolizadas para fora do corpo, imagens pornográficas não podem ser metabolizadas para fora do cérebro, porque imagens pornográficas são armazenadas na memória do cérebro.
“Em resumo,” Bennett escreve, “pesquisas no cérebro confirmam o fato crítico que a pornografia é um sistema de distribuição de droga que tem um efeito distinto e poderoso sobre o cérebro humano e o sistema nervoso.”
 
Nada disso pega Deus de surpresa. Ele projetou a interação entre o cérebro e a alma. Descobertas de dimensões físicas para a realidade espiritual não anulam a realidade espiritual.
 
Quando Jesus disse, “Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mateus 5:28), ele viu com clareza cristalina — da maneira que um inventor vê sua invenção — que o olho físico tinha profundos efeitos no “coração” espiritual.
 
E quando o sábio do Velho Testamento disse em Provérbios 23:7, literalmente, “Como imagina em sua alma, assim ele é,” ele viu com clareza similar que os atos da alma criam realidades. Pensar na alma corresponde a “ser.” E esse “ser” inclui o corpo.
 
Em outras palavras, funciona em ambos os sentidos. A realidade física afeta o coração. E o coração afeta a realidade física (o cérebro). Portanto, essas notícias horríveis da pesquisa do cérebro sobre o poder escravizador da pornografia não é a palavra final. Deus tem a palavra final. O Espírito Santo tem o maior poder. Não somos meras vítimas dos nossos olhos e dos nossos cérebros. Eu sei disso de ambas, Escrituras e experiência.
 

Uma oração ao Deus "Todo Poderoso"... que é meu Paizinho!

 
Por HP
 
A minha alma clama por Você, Senhor.
Eu sei que Você tem todo poder.
E na minha insignificância não consigo entender teu caminho em minha vida.
Porém sei que Você é maravilhoso, principalmente pela Tua mania de querer infiltrar na minha vida, me ensinando, me alertando, me corrigindo.
Sempre de modo amoroso e nunca de maneira ditatorial.

Sei que entende tudo o que acontece comigo.
Meus pensamentos, angústias, dúvidas.
Até mesmo minha arrogância de te chamar por “Você” invés do “Tu” como a maioria te chama.
Mas como se não fosse arrogância o simples querer falar contigo.

Entretanto tenho confiança que Você se alegra quando conversamos contigo.
Quando queremos interagir contigo.
Na nossa infantilidade e insensatez.

Você é aquele que conforta a alma, preenche os vazios mais profundos do ser.
Apazigua os corações. “Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus”, como expressou-se o salmista.

Senhor, cuide de mim. Cuida da minha fé.
Exercita-me em Ti.

Pois num mundo de coisas insignificantes, vãs como diz o pregador de Eclesiastes em “Tudo é vaidade”,
Só existe um Porto Seguro, uma Fortaleza. Uma verdade.
Que é a encarnada por Jesus Cristo, o Meu Salvador.

Te amo Paizinho.

Que de Deus tão poderoso, desejou-se fazer acessível ao se revelar como “Pai”.

 

sábado, 21 de novembro de 2015

Carta de um Ancião da Congregação Cristã no Brasil


Por Onicio Fabri

Este artigo foi escrito por um Ancião da CCB no ano de 2013, e reflete bem uma realidade existente no meio evangélico sobre os "DESVIADOS". Para quem duvida, posso afirmar que conheço o Irmão Ancião, ele reside bem próximo da minha cidade: apenas 70 km, e o conteúdo desta mensagem é verdadeiro... por questões éticas, manterei o nome dele em sigilo.

VEJAM O QUE ELE RELATA:

A Paz de Deus!

Ontem, (domingo, xx/xx/2013), após atender a Reunião da Mocidade no Jd. XXXX, em Hortolândia(SP), uma reunião cheia da presença de Deus, fiquei muito triste ao ver uma irmã que conheço e perguntar do filho de 17 anos e ela me responder que já não quer mais ir à Igreja, com este pensamento comecei a lembrar de uma estatística que a algum tempo eu vi sobre os cristãos:


Trinta milhões de crentes feridos estão esquecidos nas trincheiras.
 
A Igreja talvez seja hoje o único exército do mundo cujos soldados não voltam para buscar seus feridos no campo de batalha. Ao contrário, substitui-os rapidamente no batalhão e segue em frente, esquecendo-se que muitos soldados de valor ficaram à beira da morte pelas trincheiras.


Caso o último Censo do IBGE tivesse incluído questão sobre o numero de “desviados” no Brasil, o resultado seria assustador. Calcula-se que hoje existam no País entre 30 e 40 milhões de “desviados evangélicos e cristãos”. Por “desviados” entenda-se pessoas que um dia tiveram seus nomes no rol de membros de algum grupo cristão ou evangélicos, mas que hoje estão à margem da vida da igreja.

Estas pessoas – cuja boa parte povoa hospícios e presídios ou, “saco às costas”, vagam errantes à beira de estradas – um dia confessaram alegremente a Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor e no outro se viram literalmente jogados na sarjeta espiritual.

Nesse contingente de desviados há casos para todo tipo de pessoas. Do endurecido ao desprezado, do chafurdado na lama pelo engano do pecado ao desesperado para sair dele, mas sem ninguém para estender a mão.


É desta classe de pessoas que quero chamar a atenção da irmandade. De pessoas desesperadas por uma nova chance, mas sem ter a quem recorrer porque, sabem, o único lugar onde encontrariam novamente a paz para suas almas é a igreja, mas ali, pensam, há santos demais para admitir o retorno de um filho pródigo como ele.

Uma igreja de 200 membros.perde outros 200 membros em 10 anos.
 
Na próxima vez em que for a um culto, pare um instante e olhe à sua direita e esquerda. Agora, saiba que daqui a dez anos é possível que a senhora, o jovem sorridente e o austero senhor que estão em bancos próximos a você cantando louvores estejam completamente afastados da Igreja, amargurados com Deus e entristecidos por algum motivo.


Na Congregação, se formos computar os filhos de irmãos que passaram pela Reunião de Jovens e Menores com certeza este número ira triplicar, triste realidade diante de pais preguiçosos de levar e incentivar seus filhos a frequentarem a Reunião de Jovens e Menores domingo pela manhã horário que a mente humana esta mais sensível ao aprendizado, triste realidade diante de ministérios que se preocupam em pregar mais prosperidades do que Cristo nos corações, que prezam mais a quantidade de frequentadores à estas reuniões noturnas que a quantidade de informações absorvidas pelas nossas crianças. (Digo crianças não jovens, Reunião Noturna para jovens é outra coisa).

Falsas profecias levam muitos ao desvio.


Outra causa para o Apartheid espiritual de muitos é a decepção com lideranças. O membro procura alguém para confessar uma fraqueza ou pecado e, em vez de perdão e ajuda para vencer o mal, recebe mais condenação.

As profecias falsas são também causa importante de desvio da fé. Inúmeras pessoas naufragam depois de receber profecias falsas. A pessoa tem o filho doente, por exemplo, e recebe uma “palavra de Deus” de cura. Pouco tempo depois a criança morre. Ela fica desesperada. Ou então ouve que deve se casar com alguém porque é a vontade de Deus. Obediente, casa-se e algum tempo depois percebe que a voz ouvida não era da parte de Deus.

Em vez de se decepcionar com o homem, decepciona-se com Deus e sai da comunhão. E há, claro, o grande número de pessoas que se aproximam de Deus seduzidas por propaganda enganosa, pregações fantasiosas. Chegam porque alguém lhes prometeu prosperidade aqui e agora, mas não percebem as implicações do discipulado a Cristo. Querem as bênçãos do cristianismo, mas nada de porta estreita e caminho apertado.

Querem sair do mundo, mas levar o pecado a reboque. Querem a salvação, mas não querem largar o pecado. Por último, a decepção contra o próprio Deus é causa de afastamento de muitos. A pessoa é uma crente fiel e, de repente, alguém a quem ela ama morre, por exemplo. Nesse caso, se não tiver alicerces firmes em Deus, ela culpa a Deus pelo infortúnio. Age como se Deus tivesse sido ingrato com ela, sempre tão fiel e, portanto, a seus olhos, merecedora de recompensa.

Poucas visitas ao desviado resultam em maior condenação.

Depois que afastam da Igreja, poucos conseguem encontrar lugar de arrependimento. Pior é que se for depender de boa parte da igreja para isso, já terão nas mãos o passaporte para o inferno.

Na pesquisa, entre 60% e 70% dos desviados não recebem qualquer visita de lideres ou membros após sair da Igreja. São simplesmente descartados ou substituídos por outros membros.


O restante dos desviado (entre 40% e 30%) recebe de uma a três visitas, que se revelam infrutíferas, porque na maioria das vezes a visita é de cobrança ou condenação. Em vez de amar o desviado e odiar o pecado, os visitantes lançam ambos na cova profunda do inferno. Jogam pedra, condenam. Decretam o inferno-já para o desviado. É como bater de vara sobre a ferida de alguém... o ferimento e a dor só vão aumentar.

Hospícios e presídios estão lotados de ex-crentes.

Existem três lugares onde sempre vai se encontrar desviados: nos hospícios , nos presídios e na mendicância.

Vá a um hospício e ali você encontrará muita gente internada que recita versos bíblicos e canta canções cristãs. Estas, um dia se afastaram, caíram em pecado e os demônios tomaram conta de sua vida. Ficaram endemoninhadas.


Depois visite um presídio e você encontrará inúmeros Josués, Elias e Samueis. Detentos de nomes bíblicos que demonstram o berço cristão. Ali você começa a conversar com um deles e descobre que é filho de ancião, cooperador, diácono, encarregados, porteiros, irmãs da piedade...

Por último, passe próximo a rodoviárias e estações de trem ou tente conversar com um andarilho de beira de estrada. Pelo menos três entre dez destas pessoas que andam bebendo, errantes, sacos de bugigangas às costas, já participaram de alguma igreja crista ou evangélica. Ali, não raro, você encontra homens que um dia ocuparam solenes púlpitos e pregaram o evangelho. E por que não voltam?

Mais da metade dos que se desviaram tem problemas sérios com o ressentimento e falta de perdão. Não voltam porque não conseguem perdoar, ou não querem perdão ou acham que não merecem perdão.

O peso que está sobre a pessoa fica insuportável, então ela passa a praticar os mais baixos pecados, porque pensa, se já está condenada ao inferno por toda a eternidade, resta aproveitar seus dias na terra.


Irmãos, vou parar por aqui, pois o que estou escrevendo o faço com grande sentimento ao ponto de molhar meu teclado com as lagrimas ao pensar em quantas pessoas estão como as descritas acima.

Tenho certeza que como sempre receberei muitas criticas, mas se conseguir alistar o mínimo de voluntários para esta causa, terão chance de vida muitos soldados esquecidos a beira do caminho.


Assinado: Irmão xxxxxxxx Ancião na cidade de: xxxxxxxx.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Será tarde demais para se arrepender?

 
Por C. Michael Patton
 

Eu tenho o prazer de lidar com um grande número de pessoas que duvidam da sua fé cristã. Não, eles não são céticos do cristianismo (embora eu também lide com muitos desses), eles são cristãos que querem parar de duvidar. Eu digo “prazer” porque essas feridas, na maioria das vezes, podem ser curadas, e eu me sinto honrado de ter este papel na vida de muitos crentes feridos.
 
Muitos destes cristãos sofrem com a agonia da incerteza, lutando para se manter acima da água. Eles duvidam da presença de Deus, do amor, da existência, e de sua salvação (entre outras coisas). Uma senhora, no ano passado, escreveu-me a cada três dias, lutando com o mesmo problema. Ela acreditava que Deus a odiava e que não poderia ser restaurada. Ela se referiu a muitas passagens em apoio à sua ansiedade.
 
Havia o “pecado para a morte” de 1 João 5.16. E, claro, se referiu à “blasfêmia contra o Espírito” de Mateus 12.31. Mas a que repetidamente serve como ilustração é encontrada em Hebreus 12.17:
 
"Pois sabeis que, posteriormente, querendo herdar a benção, [Esaú] foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado."

Esta é uma passagem verdadeiramente muito difícil, especialmente para aqueles que duvidam de sua fé e segurança no amor de Deus. Deixe-me tentar explicar de uma forma que venha, com esperança, consolar o coração partido espiritualmente.
 
Esaú foi impedido de se arrepender?
 
O arrependimento é o outro lado da fé. Quando vamos a Cristo, estamos arrependidos de muitas coisas, incluindo o nosso orgulho, que nos mantem longe de Deus desde o início. Estamos arrependidos de nosso antagonismo em relação a ele. Nosso arrependimento é ilustrado em nossos joelhos curvados. E então, confiamos que Deus nos perdoa.
 
O assustador sobre esta passagem é que parece que Esaú está tentando voltar para Deus em arrependimento, mas ele não pode.
 
Na verdade, não é esse o caso!
 
A questão é:
 
O que Esaú estava buscando com lágrimas?
O que significa a letrinha “o”, de Hebreus 12:17 (“com lágrimas, o tivesse buscado”)?
 
Muitas pessoas acham que é o arrependimento. A ordem das palavras deixa outras possibilidades obscuras.
 
Pelo valor nominal em muitas traduções, parece que é por arrependimento que Esaú está buscando.
 
Observe as leituras nas seguintes traduções:
 
Almeida Revisada Imprensa Bíblica: Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscou diligentemente com lágrimas.
 
Almeida Corrigida e Revisada Fiel: Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou.
 
Sociedade Bíblica Britânica: Pois sabeis que quando ele ainda depois desejava herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, embora o buscasse diligentemente com lágrimas.
 
Cada uma destas traduções dá a impressão de que Esaú buscou basicamente por arrependimento. Se assim for, este é um motivo de grande preocupação, uma vez que ensina que talvez sejamos capazes de voltar para Deus com lágrimas, verdadeiramente procurando o arrependimento, mas não seremos capazes de encontrá-lo.
 
Ela ensinaria que pode haver pessoas que realmente querem transformação a partir de seu pecado, mas não conseguem encontrar a misericórdia de Deus. Pode ensinar que você poderia se aproximar do trono de Deus pedindo o dom do arrependimento e ser desligado. Pode ensinar que há um momento nessa vida em que é tarde demais, não importa o quanto você deseja mudar. Isso é assustador.
 
Buscando arrependimento ou bênção?
 
No entanto, a interpretação correta - e eu acredito - a maneira mais fiel de entender esta passagem, seria olharmos a história de Esaú, que esta registrada no livro de Genesis - o primeiro livro da Bíblia.
 
O pronome “o” não tem um, mas dois possíveis antecedentes. Quando estruturado na forma das traduções que citei, o jeito mais comum de ler é procurando a possibilidade mais próxima como o referente ao que Esaú procurou. E o mais próximo referente à “o” nas traduções em Língua Portuguesa, dá-se a impressão que é realmente “arrependimento”.
 
No entanto, a língua grega (idioma em que foi escrito o Novo Testamento) segue um conjunto de regras diferentes.
 
A ordem das palavras é secundária à inflexão. A letrinha “o” – conforme a gramática grega - é um pronome feminino, o que significa que o substantivo que modifica será feminino também.
 
Neste verso há dois substantivos femininos no grego: “arrependimento” e “bênção”.
 
Portanto, há duas opções viáveis aqui para o que Esaú buscou com lágrimas:
 
Ou era arrependimento ou era a bênção.
 
Não é necessário analisar minuciosamente e nos debruçarmos na gramática e sintaxe do texto original que esta em grego, basta olhar para o contexto da história que o autor da epistola aos  Hebreus faz referência...
 
Então, vamos olhar para a história de Esaú lá em Genesis...
 
A perda da bênção de Esaú
 
Quando nos voltamos para a narrativa em Gênesis 27, vemos Esaú sendo enganado por Jacó e sua mãe, que lhe tiram sua benção. Após Esaú descobrir que tinha sido enganado e que Isaque abençoara a Jacó, ele se desesperou.
 
Observe como a história continua:
 
Respondeu-lhe o pai: “Veio teu irmão astuciosamente e tomou a tua benção”. Disse Esaú: “Não é com razão que chama ele Jacó? Pois já duas vezes me enganou: tirou-me o direito de primogenitura e agora usurpa a bênção que era minha.” Disse ainda: “Não reservaste, pois, bênção nenhuma para mim?” Então, respondeu Isaque a Esaú: “Eis que o constituí em teu senhor, e todos os seus irmãos lhe dei por servos; de trigo e de mosto o apercebi; que me será dado fazer-te agora, meu filho?” Disse Esaú a seu pai: “Acaso, tens uma única bênção meu pai? Abençoa-me, também a mim, meu pai.” E, levantando Esaú a voz, chorou.
 
Esaú, de fato, chorou e se arrependeu.
 
Mas o que fez chorar? - Essa é a pergunta que não quer calar!
 
Resposta: Foi ter perdido – evidentemente - a sua bênção.
 
O contexto em Gênesis é claro, e não deixa quaisquer dúvidas!.
 
Devemos ver a passagem da epistola aos Hebreus pelo contexto do enredo original que esta em Genesis.
 
Portanto, o autor de Hebreus está dizendo que Esaú buscou a sua bênção e não arrependimento, com lágrimas.
 
Graça Radical
 
A Bíblia ensina que nunca existirá um dia antes da morte em que o arrependimento estará além do nosso alcance. Isso é o que continuei dizendo a senhora que falei anteriormente. Mesmo o ladrão na cruz encontrou humilde arrependimento em suas palavras a Jesus: “Lembra-te de mim quando entrares no teu reino”.
 
Esta é a maravilha do nosso Deus e do evangelho. O amor de Deus torna o arrependimento sempre aceitável, não importa onde você se encontra na vida.
 
Se você buscar por arrependimento, você vai encontrar. A graça de Deus é radical.
 
.........................................
 
Minha conclusão:
 
É tão obvio... O autor deste artigo tem toda a razão. Nem é necessário - de fato - ficar analisando e estudando exaustivamente o texto grego para entender!
 
A maior prova que Esaú não estava arrependido, é claramente evidenciado no fato dele planejar algum meio de matar o próprio irmão para recuperar o direito de primogenitura que era a única forma de herdar toda a riqueza da família.
 
Ou será que arrependimento gera sentimento e vontade de matar alguém da própria família? É claro que não! Falei sobre isso, no artigo "Deus rejeitou uma alma na "PALAVRA"... Que PALAVRA é esta?"
 
No mais, é oportuno copiar aqui, um pequeno trecho da fala do meu mano HP:

"[...] para ir ao inferno, o cara tem que querer mesmo, porque até no último minuto da vida, Deus é Aquele que se revela para que haja arrependimento dos pecados".  

Deus abençoe a todos os queridos leitores!
 
Douglas

 

O que é Vaidade?


Por Onicio Fabri


Em algumas denominações evangélicas proíbe-se o uso de Joia e “Maquiagem”.
Esses itens são caracterizados como vaidade.
Mas, o que diz A Palavra de Deus?

Geralmente se usa a palavra vaidade para justificar incorretamente o uso de joias e maquiagem. No entanto, a palavra vaidade é bem mais abrangente do que imaginamos.

Vejamos o que diz em Eclesiastes 1:2 – “Vaidades de vaidades, diz o pregador, vaidades de vaidades! Tudo é vaidade”.

A roupa nova, o carro zero, o terno da moda, a gravata importada, o anel de formatura, a aliança de noivado, a aliança de casamento, o relógio de ouro, (ou banhado a ouro), bijuteria, o prendedor de gravatas, prendedores de cabelo, as abotoaduras, o implante dentário, a loção pós-barba, o perfume, as joias! Tudo isso pode ser enquadrado como vaidade!

Quando lemos na Bíblia a palavra “Vaidade” ela não deve ser associada a apenas ao uso de um brinco modesto, um colar discreto, ou uma maquiagem moderada por parte das irmãs. Há uma hipocrisia muito grande por parte daqueles que elaboram os ensinamentos proibindo a vaidade, porque, no momento que estão ali concentrados, criando fardos pesados, eles mesmos sem perceberem estão usando algum tipo de adereços que compõe o cenário da vaidade.

É muito comum ouvirmos em pregações que o crente precisa ser diferente do povo do mundo, e o jugo mais pesado recai sempre sobre as irmãs, que geralmente nas circulares são chamadas de: “santas do Senhor”, elas não podem sequer cortar as pontinhas dos cabelos, não podem depilar as sobrancelhas, não podem usar uma maquiagem moderada, são proibidas de usar uma joia discreta, e tantos versículos bíblicos usados “sem contexto” com interpretações equivocadas para se proibir.

Mas, e os irmãos? Porque para eles o jugo é mais leve? Porque, para eles praticamente não há nenhuma proibição? Eles não precisam ser diferentes do povo do mundo? Se colocarmos um crente de terno ao lado de um executivo, não há diferença. O homem crente corta a barba, o homem não crente também corta. O homem crente corta o cabelo, o homem não crente também corta. O homem crente usa terno e gravata, o homem não crente também usa. Praticamente impossível diferenciar um homem crente do não crente...

Interessante! Nunca vi ler nas igrejas uma circular chamando os irmãos de “Santos do Senhor”.

O uso de joias vem desde a antiguidade, e não há efetivamente relatos de proibição, certo é que o povo Judeu era um povo especial para Deus, quando eles foram retirados do Egito por Moisés, com destino a Israel, as mulheres, as filhas e os filhos usavam pendentes de ouro nas orelhas, (que podemos chamar de brincos de ouro), e foi justamente dessa grande quantidade de ouro que Arão fundiu o bezerro de ouro, o qual foi idolatrado pelo povo. (Êxodo 32.2-4).

Outra passagem bíblica, agora do Novo Testamento, que alguns utilizam para proibir o uso de joias, está em I Pedro 3.3. Vejamos o que diz I Pedro 3.3-5: “O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura dos vestidos; Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos seus próprios maridos”;

De maneira nenhuma esta passagem está proibindo o uso de joias. Se esta passagem estivesse proibindo o uso de joias, estaria também proibindo o uso de vestidos, sapatos, e bolsas caras e bonitas, o contexto desta passagem bíblica está tratando do comportamento das esposas e dos maridos cristãos. O versículo 1 diz que, pelo procedimento da esposa cristã, o marido não cristão acaba se convertendo ao evangelho. O apóstolo Pedro continua ensinando nos versículos adiante que o maior enfeite da esposa (para ela conquistar o marido) deve ser o interior, o caráter cristão, o amor.

Portanto, o apóstolo Pedro deixa claro nas entre linhas que o mais importante é a beleza interior e não a exterior, mas em momento algum ele está proibindo o uso de joias. Ele apenas enfatiza que o caráter cristão é baseado no amor, na mansidão, na honradez, e acima de tudo no comprometimento. Devemos nos preocupar mais com a nossa beleza interior do que com a nossa beleza exterior, e isto vale para as mulheres e para os homens.

“Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão” (Gálatas 5:1).

Deus nunca proibiu o uso de joias. No Velho Testamento, o servo de Abraão, quando foi procurar uma esposa para Isaque e encontrou Rebeca, deu a ela joias de ouro e de prata (pendentes, pulseiras), e em nenhum momento foi criticado por Deus (conforme Gênesis Capítulo 24, especialmente os versículos 22, 30, 47 e 53).

Cânticos 1.10 - “Formosas são as tuas faces entre os teus enfeites, o teu pescoço com os colares”, e no contexto do capitulo não há nenhuma critica ou proibição quanto ao uso de joias.

Se, joias de ouros e pedras preciosas fossem objetos pecaminosos, no céu jamais poderia ter ouro, pedras preciosas, coroas, conforme está detalhado no livro de Apocalipse. Portanto, de acordo com a palavra de Deus interpretada de uma forma contextualizada, o simples uso de joias não é pecado...

A Bíblia não condena ou proíbe o simples uso de joias e maquiagens, nós cristãos, temos liberdade em Cristo Jesus (Colossenses 2.20-21; Gálatas 5.1). Portanto, as mulheres cristãs, ao se embelezarem, devem se lembrar dos seguintes princípios: decência, bom senso, honestidade, modéstia, discrição e pudor.

Em nenhuma passagem do Velho Testamento Deus condena ou proíbe o uso de joias... Ai pode aparecer alguém e dizer: “Ah, mas nós estamos na graça, no Novo Testamento” - sim, e eu concordo! Mas, então como explicar o nosso primeiro ponto de doutrina relatado na contra capa do nosso hinário que diz: “Nós cremos na inteira bíblia sagrada e aceitamo-la como a infalível Palavra de Deus inspirada pelo Espirito Santo?”.

A Palavra de Deus é a nossa única guia de fé e conduta e a Ela nada se pode acrescentar ou diminuir, é também o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.

Quem despreza o Velho Testamento, não crê na inteira bíblia, e quem não crê na inteira bíblia está em desobediência ao nosso primeiro ponto de doutrina.
 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Um pouco de realidade e bom-senso é bom...

 
Por HP
 
 
Irmão,
 
Gostaria de lembrá-lo das passagens de Apocalipse, das sete igrejas da Ásia Menor. Várias delas foram alertadas de seus erros por Cristo e exortadas a se arrependerem. Outras foram glorificadas por Cristo, pelas virtudes demonstradas diante das aflições. Mas todas elas hoje estão mortas. Na região delas hoje menos de 1% da população é cristã.
 
A morte de uma igreja acontece quando ela se aparta da verdade. Pérgamo e Tiatira deram ouvidos a doutrina de Balaão, as riquezas terrenas e se corromperam na doutrina e na ética. Quantas  denominações se esvaziaram pois deixaram a doutrina e quantas outras cresceram em número, mas sem compromisso com a VERDADE e SANTIDADE.
 
A morte de uma igreja acontece quando ela se mistura com o mundo. Pérgamo estava dividida entre a fidelidade a Cristo e o apego ao mundo. Tiatira tolerava a imoralidade sexual entre os membros. Sardes (aonde não havia nem heresia e nem perseguição) possuía a maioria dos crentes com vestiduras contaminadas pelo pecado. Quando a igreja FLERTA COM O MUNDO amando-o e conformando-se com ele, ela não permanece. Seu candeeiro é apagado e removido.
 
A morte de uma igreja acontece quando ela não discerne sua decadência espiritual. Sardes olhava-se no espelho e se dava nota máxima a si mesma, DIZENDO SER UMA IGREJA VIVA, quando aos olhos de Cristo estava morta. Laodicéia era RICA E ABASTADA, pensando ser abençoada por Deus, quando estava pobre e miserável diante de Deus. O pior doente é aquele que não tem consciência da enfermidade. Uma igreja nunca está tão a beira da morte quando se VANGLORIA diante de Deus pelas suas supostas virtudes.
 
A morte de uma igreja acontece quando ela não associa a doutrina com a vida. Éfeso foi elogiada por Jesus pelo zelo doutrinário, mas repreendida severamente por ter abandonado o AMOR. Tinha doutrina, mas não tinha vida. Tinham belo discurso, mas nada feito na prática. Jesus ordenou a se lembrarem aonde tinham caído e se arrependerem. Uma igreja viva tem DOUTRINA, VIDA, HUMILDADE e AMOR.
 
A morte de uma igreja acontece quando lhe falta perseverança no caminho da santidade. Esmirna e Filadélfia foram elogiadas pelo Senhor, não receberam nenhuma correção. Mas, num dado momento, nos percalços do futuro, elas também se afastaram da verdade, perderam sua relevância e desapareceram. NÃO BASTA COMECAR BEM, É PRECISO TERMINAR BEM. Falhamos muitas vezes em passar o bastão da verdade para a próxima geração.
 
A primeira geração de uma igreja sempre vem fervorosa. Isso aconteceu conosco na CCB entre 1910 a 1950. Deus operava maravilhas, o povo amava ao Senhor, desbravavam territórios levando a Palavra de Deus, o respeito era compartilhado por todos, a união era visível. Os membros eram luz de Cristo no mundo, espalhando o AMOR de Deus para crentes e não-crentes. Deus se usava de Velhos, Adultos, Jovens e Crianças.
 
A Segunda geração veio na inércia da primeira. Entre 1950-1990 os novos membros começaram a majoritariamente serem filhos de membros antigos. Costumes, hierarquias, burocracias foram criadas e colocadas à frente da Palavra de Deus. O Amor esfriou, as regras cresceram, a ousadia de pregar o Evangelho diminuiu.
 
Agora temos a terceira geração. Jovens e crianças que não sabem o significado da Cruz de Cristo, tem vergonha de pregar o Evangelho ao mundo, Vergonha de não apenas se vestirem modestamente, mas de rechaçarem os pecados mundanos, ambicionando o que o mundo faz, se corrompendo como o mundo se corrompe, sendo egoístas e mesquinhos como o mundo é.
 
São poucos os jovens que são verdadeiramente luz. Que manejam a Palavra com sabedoria, que sabem entrar e sair diante dos infiéis. Que defendem a fé com a própria vida!
 
Olhe para a mocidade na tua cidade e região. Eles lotam reuniões de mocidade, mas pergunte a eles sobre Cristo, o porque que são crentes, o que Cristo fez por eles na Cruz, o que é pecado, o que é inferno, o que eles estão fazendo nas suas vidas além de irem a igreja duas vezes por semana e viverem no Facebook e postando fotos no Instagram. Pergunte se eles já pregaram o Evangelho para qualquer pessoa que não é cristã. Indague eles sobre Alá, Buda, doutrinas Kardecistas e veja se eles defenderão a fé em Cristo com unhas e dentes.
 
De 100 jovens que você indague, se você encontrar apenas 1 que defenda a fé em Cristo, que maneje com sabedoria a Palavra, será muito.
 
Por isso, mesmo feliz com teus prognósticos a respeito do futuro da CCB, sou realista: Somente Deus tem poder de REAVIVAR a Congregação.
 
Abraços e que Deus te abençoe.