sábado, 30 de agosto de 2014

Qual é a diferença entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo?


Por Michael Houdmann


O Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo são frequentemente confundidos. É difícil determinar quando a Bíblia está se referindo ao Arrebatamento ou à Segunda Vinda. No entanto, ao estudar as profecias bíblicas do fim dos tempos, é muito importante poder diferenciar entre os dois.

O Arrebatamento é quando Jesus Cristo retorna para remover a igreja (todos os seguidores de Cristo) da terra. O Arrebatamento é descrito em 1 Tessalonicenses 4:13-18 e 1 Coríntios 15:50-54. Os crentes que já morreram serão ressuscitados e, juntamente com os crentes que ainda vivem, vão se encontrar com o Senhor no ar. Isso acontecerá em um momento, em um piscar do olho. A Segunda Vinda é quando Jesus retorna para derrotar o anticristo, destruir o mal e estabelecer o seu Reino Milenar. A Segunda Vinda é descrita em Apocalipse 19:11-16.

As diferenças importantes entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo são:

(1) No Arrebatamento, os crentes vão se encontrar com o Senhor nos ares (1 Tessalonicenses 4:17). Na Segunda Vinda, os crentes vão retornar com o Senhor à terra (Apocalipse 19:14).

(2) A Segunda Vinda ocorre depois do grande e horrível período da Tribulação (Apocalipse capítulos 6-19). O arrebatamento ocorre antes da Tribulação (1 Tessalonicenses 5:9; Apocalipse 3:10).

(3) O Arrebatamento é a remoção dos crentes da terra como um ato de libertação (1 Tessalonicenses 4:13-17; 5:9). A Segunda Vinda inclui a remoção dos incrédulos como um ato de julgamento (Mateus 24:40-41).

(4) O Arrebatamento vai ser “secreto” e instantâneo (1 Coríntios 15:50-54). A Segunda Vinda vai ser visível a todos (Apocalipse 1:7; Mateus 24:29-30).

(5) A Segunda Vinda de Cristo não vai ocorrer até depois de certos eventos dos fins dos tempos acontecerem (2 Tessalonicenses 2:4; Mateus 24:15-30; Apocalipse capítulos 6-18). O Arrebatamento é iminente, pode acontecer a qualquer momento (Tito 2:13; 1 Tessalonicenses 4:13-18; 1 Coríntios 15:50-54).

Por que é importante manter o Arrebatamento e a Segunda Vinda distintos?

(1) Se o Arrebatamento e a Segunda Vinda são o mesmo evento, os crentes teriam que passar pela Tribulação (1 Tessalonicenses 5:9; Apocalipse 3:10).

(2) Se o Arrebatamento e a Segunda Vinda são o mesmo evento, o retorno de Cristo não é iminente... há várias coisas que precisam acontecer antes do Seu retorno (Mateus 24:4-30).

(3) Ao descrever o período da Tribulação, Apocalipse capítulos 6-19 em nenhum lugar menciona a igreja. Durante a Tribulação — também chamada de “tempo de angústia para Jacó” (Jeremias 30:7) — Deus vai voltar a sua atenção principal à nação de Israel (Romanos 11:17-31).

O Arrebatamento e a Segunda Vinda são semelhantes mas eventos separados. Os dois envolvem Jesus retornando. Os dois são eventos do fim dos tempos. No entanto, é crucialmente importante reconhecer as diferenças. Em resumo, o Arrebatamento é o retorno de Cristo às nuvens para remover os crentes da terra antes do tempo da ira de Deus. A Segunda Vinda é o retorno de Cristo à terra para dar um fim ao período da Tribulação e derrotar o anticristo e seu império mundial diabólico.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Jesus é a chave Hermenêutica!


Por HP

"Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e elas mesmas são as que dão testemunho de mim;" (João 5.39)

Confesso que já defendi muito a Bíblia das "algumas dificuldades" que você expôs. Mas parei. 


Sabe porquê? Porque a Bíblia para mim tem uma função: Me apresentar, me explicar, me ajudar a compreender Jesus Cristo. E essa função ela faz com primazia.
E ainda assim, a Bíblia apenas relata PARTE do que Cristo fez:


"Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém." (João 21:25)

Sim, Jesus Cristo, o Evangelho é maior do que a Bíblia.
 
Dizer isto parece que estou sendo herege, mas não. Estou apenas dizendo que Jesus cumpre a Bíblia, mas é maior do que a Bíblia. As páginas da Bíblia não restringem Jesus, mas me faz compreender Jesus.

E uma vez que o Evangelho se implanta em nós, Cristo vive em nós. Ele reina sobre nós. Seus ensinamentos, seu modo de tratar ao próximo, seu amor pelo ser humano nos faz crescer Nele.

Daí a Bíblia inteira se transforma numa leitura agradável pois em todos os momentos eu vejo com Jesus o que é e sem Jesus como era. Vejo que Ele tudo cumpriu, e os textos de 4 mil anos se tornam atuais, pois me vejo nos personagens no Velho Testamento como eu era antes de conhecer a Cristo!

Daí eu não me atenho a idade de Acazias, as diferenças de genealogias de Jesus em Mateus e Lucas, e outros "pontos difíceis" (como alguns teólogos mais cuidadosos cuidam desses erros rsrs) nem vou na defesa dos originais, pelo simples motivo que não há como defender o que não existe mais.

O que me importa é Aquele que É desde antes da fundação do mundo, e que por Ele tudo que existe, subsiste: Jesus.

É assim que creio. No Cristo que "muitas outras coisas fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem."

domingo, 24 de agosto de 2014

Entrevistando os ministros do Evangelho de Cristo


Por Douglas Pereira da Silva

Introdução

Vivemos um cristianismo cada vez mais deficiente e obscuro em nossas igrejas, pois muitas heresias – principalmente o humanismo - passaram a fazer parte majoritariamente das mensagens e pregações, e também, em muitos dos ditos “louvores” do estilo gospel, em detrimento a pregação cristocêntrica e biblicocêntrica. Prega-se mais o bem estar e satisfação pessoal, e menos ainda o arrependimento, a conversão e a santificação; sem a qual ninguém vera a Deus (Hb 12.14).
Tal discrepância e negligência são apontadas – principalmente - pela falta de preparo e qualificação dos ministros desta geração, na formação bíblica teológica, o qual deve ser um dos pré-requisitos – além de uma vida de comunhão e santificação - na vida do obreiro de Cristo, afim de que se tenha uma igreja preparada para cumprir o seu propósito e também haja um espaço de saúde.
Todavia, reconhecemos que parte deste fenômeno, faz parte também, do cumprimento das profecias bíblicas no que diz respeito à apostasia dos últimos dias (I Tm 4), e no surgimento dos falsos mestres que pregam heresias destruidoras, (II Pe 2).
Contudo, nosso objetivo aqui não é de aprofundarmos nestas questões importantes, apresentadas acima. Se desejar aprofundar-se, poderá obter maiores informações e estudar minuciosamente sobre o assunto, com auxilio das obras do pr. Ciro Sanches Zibordi, especificamente, nos livros “Erros que os pregadores devem evitar”, “Evangelhos que Paulo jamais pregaria” e “Erros escatológicos que os pregadores devem evitar”, bem como obter dicas de um crescimento saudável no corpo de Cristo, no excelente trabalho do professor Jairo Cavalcanti Ávila, “Igreja, Espaço de Saúde”. Há também, excelentes artigos nos blogs dos irmãos HP e Carlos Trapp, tratando destes assuntos e muitos outros.
Portanto, a entrevista concedida pelos diletos ministros da palavra de Deus para confecção deste trabalho, procura – não de forma absoluta e exaustiva, obviamente – mostrar de forma sucinta, e positiva, as histórias das experiências ministeriais vividas por estes valorosos soldados de Cristo, que priorizam o evangelho genuíno, batalhando pela fé que uma vez foi dada aos santos. Certamente, temos muito que aprender com os servos do Senhor, pelo compromisso que eles têm com o reino de Deus e, seus testemunhos de vida, que são dignos de exemplo para nós, e sinônimo, de temor e adoração ao Eterno Deus.
O objetivo desejado, é que este trabalho e os depoimentos nele constantes, edifiquem a fé e a vida espiritual dos queridos irmãos, que, de alguma forma, terão acesso a este manuscrito.

A entrevista

A entrevista foi composta por 10 perguntas elaboradas por mim, e foram baseadas nos assuntos abordados, e, ensinados pelo professor Jairo Cavalcante Ávila, durante o 2° semestre do ano de 2013, no 1° semestre da disciplina de Pastoralia do curso de Bacharelado em Teologia.
O critério adotado para organização das respostas, quanto sua classificação posicional neste trabalho, foi justamente a ordem de chegada da pesquisa que foi enviada para cada um destes servos de Deus, que pronta e gentilmente, responderam-me afetuosamente, com muita presteza e cordial consideração.
           
Os entrevistados

Os servos de Deus, quais tive a oportunidade e privilégio de entrevistar, foram escolhidos em razão de serem grande influência e exemplo para a minha formação acadêmica, e também ministerial; por suas virtudes e o serviço que empregam no reino de Deus.
Irmão HP, é ministro bivocacionado do evangelho, e exerce o cargo de cooperador da Congregação Cristã no Brasil – a mesma denominação que frequento. Conselheiro e dedicado na oração, mantém na internet um blog pessoal para compartilhar suas experiências e divulgar as riquezas do evangelho da graça, além de ser autor de muitos artigos cristãos. Atualmente está fazendo residência em (XXXXX), juntamente com sua família. Esta atendendo diligentemente a obra de Deus neste país.
Irmão Adiel Souza Tolentino, é pastor batista, professor, teólogo, conferencista, mestre em filosofia, missionário, discipulador e dedicado pregador do evangelho. Tem sólida experiência no campo evangelístico e viaja anualmente em missão na obra de Deus, para a região norte do Brasil; pregando o evangelho em comunidades carentes, e, povoados indígenas, faz o trabalho de distribuição gratuita dos exemplares da Bíblia Sagrada e implanta novas igrejas. Ministra cursos e palestras para a qualificação de futuros pastores e obreiros. É o autor do famoso estudo “Uma autoridade absoluta e infalível”. Atualmente é professor titular da FATBOA – Faculdade Teológica Batista de Osasco e Adjacências – lecionando as disciplinas de “Teologia Sistemática” e “Religiões e Seitas” nesta instituição.
Irmão Carlos Osmar Trapp, é pastor batista bivocacionado, teólogo, ministro do evangelho, conselheiro, escritor e jornalista de muito prestigio no meio cristão, e também secular. Editor responsável pelo Jornal: “O Cidadão Evangélico”. Autor de dois livros consagrados, mantém na internet um blog para divulgação do evangelho, aconselhamentos, conscientização politica e cidadania. É um servo de Deus de muita influencia no meio político, que luta pela defesa da família tradicional nos moldes bíblicos e apoio as causas sociais. Serve a Deus diligentemente no estado de Mato Grosso do Sul, juntamente com sua esposa.

Perguntas

Há quanto tempo você serve a Deus? Como ocorreu a sua conversão ao evangelho?

HP: Quando nasci, meus pais já eram evangélicos, pertencentes à mesma denominação que frequento até hoje. Fui batizado há 19 anos, mas a real conversão ao Evangelho se deu com o passar do tempo. Digo que de 13 anos para cá, o Evangelho foi se solidificando dentro de mim, e creio que ainda há muito a ser feito pelo Espírito Santo em mim, pois me considero muito pecador ainda.
Adiel: Sirvo ao Senhor há 41 anos. Nasci num lar evangélico. Meus pais eram missionários. Aos 12 anos de idade entendi que estava perdido, sem Cristo e sem paz. Ouvi meus pais orarem por mim certa madrugada, pedindo a Deus que movesse meu coração e iluminasse meu entendimento para que eu recebesse a Cristo, e, percebendo a seriedade e urgência dessa decisão, convidei a Jesus Cristo para ser o meu Salvador e Senhor pessoal. Isto aconteceu no dia 12 de setembro de 1972.
Carlos: Fui educado num lar evangélico, mas minha conversão se deu por volta dos 16 anos (talvez em 1975), ao ler um livro do missionário alemão, Werner Heukelbach, chamado Glücklich wehr Vergebung Fand, ou seja, Feliz aquele que achou perdão. Isso aconteceu sozinho na casa dos meus pais, no interior do Paraná, no município de Santa Helena.

Como ocorreu o seu chamado para o ministério? Você vivenciou alguma experiência, ou teve algum tipo de sinal divino que confirmasse o seu chamado?

HP: Desde criança me chamava à atenção a posição ministerial. Confesso que não entendia o significado, apenas achava bonito por fora. Quando fui apresentado Cooperador de Jovens há 7 anos, ainda não compreendia o significado do ministério, a missão que existe por trás. Hoje me sinto confirmado ao ministério pelo amor que sinto em pregar o Evangelho de Cristo às almas.
Adiel: Desde que recebi a Cristo como meu Salvador e Senhor, imediatamente senti necessidade de testemunhar de Cristo para outras pessoas. E o fiz. Mas, foi a vida e experiências vivenciadas por meu pai que começaram a mexer comigo. Eu viajava com ele evangelizando os ribeirinhos amazonenses. Pouco a pouco fui tendo oportunidades de aprender mais da Bíblia, e um anseio imenso tomava conta do meu coração. Cada passagem bíblica no tocando a missões e ao ministério pastoral me desafiava, mas eu não falava ainda disso pra ninguém. Fui batizado por meu pai, em dezembro de 1972. Já em 1978, quando eu estava terminando o ensino médio, os membros da Igreja Batista em Coari - igreja da qual eu era membro - começaram a me chamar de "pastorzinho". Vários irmãos me perguntavam se eu tinha vontade de ser pastor, e eu dizia sempre que isso dependia de Deus. Aos poucos, a igreja foi percebendo em mim a vocação para o ministério, até que um dia meu pai me chamou e perguntou se eu sentia esse desejo em meu coração. Eu respondi que sim. Ele, então, comunicou à Igreja, e a Igreja, em Assembleia, decidiu me encaminhar para o Seminário, a fim de preparar-me academicamente. 
Carlos: Esse desejo já existia quando eu tinha por volta de 10 anos e até escrevi para um seminário luterano pedindo informações, mesmo antes de ter concluído o Segundo Grau. Sempre pedi que Deus colocasse o Seu desejo no meu coração, e isso foi se confirmando através do tempo, e em 1987, ingressei no Seminário Batista de Dourados, MS.

Quais são os conteúdos, as obras e os objetivos do seu ministério?

HP: Quero apenas ser um tijolo na construção da Igreja. Nada mais do que isso e nada menos do que isto. Quero pregar o Evangelho, as Boas Novas de Cristo a todos.
Adiel: (1) Adoração - Este é objetivo primeiro, porque glorificar a Deus deve ser a prioridade máxima de todo cristão e de toda igreja. 
(2) Evangelismo e Missões - Isto está bem firme em meu coração.
(3) Discipulado - Uma grande necessidade na igreja atual é a integração dos novos crentes e o discipulado contínuo e reprodutor.
(4) Treinamento de Líderes - Embora eu entenda que isto está inserido, de certa forma, no discipulado, creio que há necessidade de separar aqueles que demonstram possuírem dons de liderança nas mais diversas áreas do ministério para que eles se aperfeiçoem e edifiquem a igreja local onde se inserem.
(5) Ação Social - Uma necessidade constante em qualquer lugar e situação, e uma ferramenta por demais importante de atrair pessoas para Cristo, além de ser a principal maneira de demonstrar amor. 
(6) Comunhão - Não é possível dizer que amamos os perdidos se não houver amor em nós. A Igreja precisa manter desenvolver a comunhão entre os seus membros.
Carlos: Já elaborei dois livros: Evangélicos em Campo Grande - Origens e Desenvolvimento (1999) e Urbieta e Sherwood - Pioneiros na obra de evangelização em terras mato-grossenses (2011). Faço o Jornal "O Cidadão Evangélico" há 15 anos. Escrevo para jornais seculares e evangélicos. Alimento, precariamente, um site - www.msevangelico.com.br - e tenho um blog - www.carlostrapp.com Os objetivos são fazer com que o povo cristão seja mais politizado, mais participativo nas questões públicas. Também me preocupo com a sã doutrina.

Em sua opinião, quais são as qualidades indispensáveis de um ministro do evangelho de Cristo?

HP: Os frutos do Espírito citados em Gálatas 5:22 são essenciais para todos os cristãos, não apenas os ministros e pastores. Mas lembremos, são frutos do ESPÍRITO, operados pelo Espírito Santo em nós, pois de nós mesmos não conseguimos alcançá-los: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.
Adiel: As qualidades devem ser essencialmente as traçadas por Paulo a Timóteo (I Tm. 3.1-7) e a Tito (Tt. 1.6-9). Um resumo do que creio serem características de alguém chamado por Deus para o ministério é este:
(1) Ter o reconhecimento da Igreja local;
(2) Ter uma vida irrepreensível - Sua vida deve condizer com sua mensagem.
(3) Possuir os dons ministeriais explicitados na Bíblia Sagrada;
(4) Ter vontade de servir, a aspiração ministerial.
Carlos: Deve ser convertido, preparado e, obviamente, se enquadrar em 1Tm 3.1-7 e Tt 3.1-5.

Quais são as prioridades para o seu ministério? Na sua vida pessoal, existe alguma prioridade pertinente ao ministério que você exerce?

HP: Minha prioridade no ministério é servir aos meus irmãos em Cristo. Ajudá-los a compreender a mensagem do Evangelho, o amor de Cristo para conosco.
Adiel: Sim, Missões e Evangelismo.
Carlos: Bem, eu não estou à frente da uma igreja; apenas sou membro. Eu faço um jornal há 15 anos, onde destaco a cidadania. Quero partir para a gravação de vídeos, e estou buscando recursos para aquisição de uma pequena filmadora. Também preciso fazer uma cirurgia de catarata. Eu e a esposa não temos filhos, e estamos pensando em adotar uma criança.

Quais os perigos e obstáculos que surgem em seu caminho, na vida ministerial?

HP: O maior perigo sou eu achar que posso algo sozinho. Preciso de Cristo em tudo. Nele eu posso todas as coisas, inclusive falar Dele. Sobre obstáculo, creio que são vários e vão desde trabalho material até pressão institucional da denominação que frequento. Mas creio que tudo está no controle de Deus.
Adiel: Há perigos e obstáculos constantes e recorrentes. Entre os perigos, posso citar a sedução da fama, da mulher e do dinheiro. São perigos que estão sempre à nossa volta, e tenho sido tentado muito nestas três áreas. Mas Deus tem me dado forças para vencê-los. Os obstáculos são parceiros dos perigos, pois sempre nos faltam recursos financeiros, não tenho a fama suficiente para influenciar a denominação e a esposa não tem acompanhado a contento, impossibilitando maior sucesso no ministério.
Carlos: São faltas de recursos, e falta de apoio.

Qual a sua opinião sobre o sustento ministerial, você acha que tal prática é respaldada pelas Escrituras Sagradas? Você recebe algum salário da igreja que você preside, ou algum tipo de ajuda de custo?

HP: Não vejo nenhum problema ao ministro receber salário e penso que sim, há respaldo bíblico a respeito nas cartas Paulinas, por exemplo. Todavia ressalto que o salário deveria ser apenas consequência, para sustento básico. Percebo que em muitas denominações esta situação se inverte, o salário acaba sendo o alvo, corrompendo totalmente os ministros.
Não, eu não recebo salário algum na denominação que frequento. Ajudo financeiramente nas coletas, tal qual os demais membros são ensinados.
Adiel: No momento não estou exercendo o ministério pastoral, e não recebo nada da Igreja a que sirvo. Creio que o pastor deve ser sustentado pela Igreja, de preferência integralmente. Há base bíblica para isto: "Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho". (I Co. 9.14). 
Carlos: Como já disse, não estou à frente de uma igreja. Meu sustento vem de diversas fontes: Jornal, eu e minha esposa também somos fotógrafos, e também sou jornalista. O sustento ministerial tem respaldo bíblico.

A liderança de sua igreja é qualificada biblicamente para exercer as funções ministeriais?

HP: Não. Infelizmente não.
Adiel: Creio que a minha Igreja está qualificada biblicamente em torno de 80%. 
Carlos: Sim.

Qual a sua opinião sobre o preparo de sermões e o estudo sistemático das Escrituras Sagradas? A igreja o qual você preside como ministro oferece algum tipo de preparação, como estudos seminários etc.? Se não, por quê?

HP: Em II Timóteo 3:15-17 nos é mostrado a necessidade de conhecermos as Escrituras e termos habilidade nela. Não vejo problemas em sermões serem preparados, todavia penso que devemos sempre atentar para duas coisas:
A interpretação bíblica deve ser sempre feita a partir de Jesus e dos seus ensinamentos (Atos 8:35), e
Devemos dar honra ao Espírito Santo (I Tessalonicenses 5:19), orando, clamando, buscando de Deus aquilo que deve ser exposto aos demais irmãos.
Na denominação que frequento infelizmente não há nenhuma preparação ou seminários, por razão de ser uma tradição assim recebida. Esta prática gera malefícios e benefícios. Eu particularmente acho que mais malefícios que benefícios.
Adiel: A Igreja deve preparar, nesta área, seus membros que demonstram dons de ensino e pregação. Minha Igreja tem feito isso, mas ainda com deficiência. Eu não sou o pastor titular da Igreja e não sei dizer com certeza por quais motivos a Igreja não o faz. Creio que há interesses, mas tem havido dificuldades que, de certa forma, impedem que todas as áreas da vida da igreja sejam desenvolvidas a contento.
Carlos: Os sermões devem ser preparados e se deve ter, no mínimo, um esboço dos mesmos, mas principalmente se deve viver o cristianismo, pois a Bíblia diz que quem segue Jesus não anda nas trevas, ou seja, tem sua mente iluminada pelo Espírito Santo. Os batistas têm diversos seminários teológicos espalhados pelo Brasil.

Vou recitar dez palavrinhas, e gostaria que você completasse com uma palavra ou frase que vier de imediato em sua cabeça, ok?

a)    Família:

HP: É a maior riqueza terrena.
Adiel: Essencial.
Carlos: Muito importante.

b)    Ministério:

HP: É uma dádiva, como também um aborrecimento. É uma luta sem fim, aonde há momentos bons e ruins a serem enfrentados por quem decide fazer parte do ministério.
Adiel: Vocação.
Carlos: Um privilégio.

c)    Bíblia Sagrada:

HP: É a Palavra de Deus para o homem.
Adiel: Base.
Carlos: Uma bússola.

d)    Igreja:

HP: É o corpo de Cristo, formado por todos aqueles que Nele crêem para salvação de suas almas.
Adiel: Serviço.
Carlos: Família expandida.

e)    Dons Espirituais:

HP: São frutos do Espírito Santo para ajudar na caminhada terrena.
Adiel: Edificação.
Carlos: Ferramentas para o trabalho cristão.

f)     Pecadores:

HP: Todos nós somos.
Adiel: Carência.
Carlos: Precisam de arrependimento.

g)    Batismo:

HP: O momento que publicamente anunciamos que nossa salvação depende exclusivamente de Cristo.
Adiel: Testemunho.
Carlos: Imersão, sendo testemunho do salvo.

h)   Salvação:

HP: Desde o momento que Cristo nos remiu dos pecados, Salvos fomos, Salvos somos e Salvos seremos!!!
Adiel: Graça.
Carlos: Graça imerecida.

i)     Céu:

HP: Final da tribulação humana, do poder do pecado original sobre nós. Gozo e regozijo eterno com Deus.
Adiel: Alvo.
Carlos: Eterno gozo com o Senhor.

j)      Jesus Cristo:

HP: Ah… o maior dos homens. O verdadeiro e único herói. Nunca terei como agradecê-Lo por tanta misericórdia e amor.
Adiel: Senhor.
Carlos: Meio pelo qual se chega ao céu; nosso Salvador.

Considerações Finais

A vida de um verdadeiro ministro do evangelho é muito diferente – obviamente – de quem não exerce um cargo ministerial. Isso se deve pelas responsabilidades, e com os compromissos com a obra de Deus, no selo do seu dom e chamado. Tais características foram nitidamente perceptíveis, nas respostas dadas pelos nobres irmãos entrevistados: cooperador HP, pastor Adiel e pastor Carlos Trapp.
Entretanto, suas vidas seculares não diferem muito dos que não exercem um cargo ministerial. Todos - indefinidamente - têm suas dificuldades, lutas e provações, que são as marcas de um verdadeiro discípulo Daquele que prometeu dizendo que no mundo teríamos muitas aflições (Jo 16.33b), pois não foram riquezas ou a fama que regeram suas vocações, motivações e aspirações para o exercício ministerial. Cada um com o seu diferencial, com o seu dom, buscando edificar o corpo de Cristo, a Igreja.
Enfatizamos com muito pesar, que é muito comum na Igreja, e também no meio secular, criar conjecturas e ideias pré-concebidas - pejorativamente muitas vezes - a respeito da vida pessoal, e, principalmente financeira; muitas delas inconsistentes com a verdade e com a realidade destes queridos irmãos, que foram verdadeiramente vocacionados por Cristo para serem o anjo da Igreja.
Todavia, reconheço que tais ideias e conjecturas, são ocasionadas muitas vezes, por este “evangelho” maltrapilho, antropocêntrico e humanista que é divulgado e comercializado, apenas com o objetivo de massagear o ego das pessoas. Infelizmente há uma indevida projeção generalizante do caráter e da conduta destes pregadores, que mais se parecem com animadores de auditório, trazendo assim, grandes prejuízos ao santo evangelho.
Contudo, este trabalho propôs – ainda que parcialmente – desmistificar estas conclusões inconiventes, que não estão respaldadas pela realidade que é firmada com a verdade, pois demonstrado foi, pela vida e história destes irmãos que cederam seus depoimentos, exemplos de boa conduta ministerial e secular, exalando o cheiro do bom testemunho, que contagia e influência positivamente toda a comunidade – assim como aconteceu com o autor deste trabalho.
Façamos então um clamor, para que haja mais servos de Deus no ministério com os mesmos ideais dos nossos amados irmãos entrevistados, para que se tenha um avivamento Bíblico no seio das Igrejas, e principalmente nas lideranças, conscientizando-os da necessidade de uma adequada preparação Bíblica Teológica, para um eficiente exercício das funções ministeriais; prevalecendo a primazia do evangelho puro e cristalino, conforme nos foi outorgado pelo Senhor Jesus Cristo. Entretanto, esta perspectiva deve consistir - principalmente -, na crença das fiéis promessas de nosso Senhor que nos prometeu que as portas do inferno jamais prevaleceriam contra a Igreja (Mt 16.18).
Portanto, a palavra de Deus permanece firme para sempre, pela esperança daqueles que ainda não nasceram, para que encontrem uma igreja melhor.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Sobre as "Profetadas" e "Revelamentos" nos púlpitos cristãos


Por Onicio Fabri e Douglas Pereira da Silva

"Eu fico aqui imaginando a falta de raciocínio das pessoas: 

Será que não conseguem enxergar que Deus é um ser ultra supremo, de inteligência inatingível, de poderes incalculáveis, de conhecimentos e sabedorias inigualáveis, que somente Ele é onipresente, onisciente e onipotente, criador e formador de todo o universo? 

Será que um Deus com essas características, seria capaz de mandar um recadinho a um irmãozinho, um pobre mortal terráqueo, impotente física e espiritualmente, vivente em um planetinha chamado "terra" que comparado ao universo é menor que um grão de areia? 

Me perdoem, mas isso é imaginar Deus algo muito pequeno e insignificante... 

O Deus que eu sigo e conheço, não fica mandando recadinhos de desprezo e condenação a ninguém, Ele é algo muito superior a isso". (Onicio Fabri)



Minha Opinião:

"Chega ser diabólico. Creio piamente que é o próprio diabo falando nos púlpitos, quando ouvimos o ministro (ministro?) pregar  "hoje entrou alguém aqui perguntando se o seu nome esta no livro da vida, Deus manda te falar eu não te amo mais e o seu nome não está mais no livro da vida". 

A frase é uma pequena parte de uma pregação (pregação?) que determinada irmã postou no facebook como forma de testemunho - um verdadeiro "TRISTEMUNHO", isso sim - que deu origem a critica construtiva de nosso irmão Onicio Fabri".

O Jesus da Bíblia Sagrada, ordenou que se pregasse o Arrependimento para perdão dos pecados, veja:


"E lhes afirmou: “Está escrito que o Cristo haveria de padecer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia, e que em Seu Nome seria pregado o arrependimento para o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém". (Lucas 24.46-47).

Daí aparece pregadores (pregadores?) pregando a condenação e desesperança de uma alma... MISERICÓRDIA!

Sinceramente... Este humilde blogueiro não tem a menor dúvida que era o próprio satanás falando, desvirtuando descaradamente o significado de EVANGELHO DA GRAÇA!

SOLA MISERICÓRDIA

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Sobre a Lei e sua validade atualmente



Quando lemos artigos sobre a validade da Lei de Moisés para aqueles que seguem a Cristo, geralmente não há consenso.Alguns dizem que a Lei caducou, outros dizem que há aspectos que podem ser observáveis ainda. Enfim, as opiniões divergem.

Eu gostaria de deixar algumas linhas sobre o que eu creio a respeito da Lei. (Repito: "Eu". Portanto você pode discordar da minha opinião e até peço pra deixar tua resposta nos comentários)

A Lei é boa. Sim, pois ela foi dada por Deus aos homens. Compreendo o cumprimento da Lei como necessário para que o homem voltasse à condição de Adão antes da queda.
Obviamente ninguém conseguiu cumprir, portanto ser humano nenhum foi justo perante a Lei e conseguiu por méritos próprios ser a imagem e semelhança de Deus tal como Deus havia feito Adão.

Mas houve um que conseguiu: Jesus. Ele foi justo cumprindo a Lei (Mt 5:17)

Só que em Jesus a Lei foi aperfeiçoada. De Mateus 5:20 até Mateus 7:27, Jesus anuncia novamente a Lei de Deus, mas de maneira aperfeiçoada, produzida na consciência humana.

“Ouviste o que foi dito (…), eu porém vos digo…”

Bem, se a Lei já era impossível de ser cumprida, com este aperfeiçoamento tocando a consciência humana anunciado por Jesus, ficou impossível elevado à enésima potência. (risos)
Só que se havia as condições de punição à rebeldia da Lei, através do sacrifício de Cristo na Cruz, nós fomos perdoados!
Logo não há mais condenação! Estamos livres!

Daí a pergunta: Continuaremos a seguir os mandamentos da Lei?

Bem, como já expus acima, a Lei de Moisés foi aperfeiçoada por Cristo no Sermão da Montanha, relatado em Mateus 5:20 à 7:27. 
Não faz sentido seguir a Lei de Moisés se hoje temos a Lei aperfeiçoada por Cristo.

Só que, toda vez que seguimos regras, logo pensamos no dueto Recompensa & Punição.
Mas o que Cristo nos ensina, NÃO nos oferece Recompensa e Punição no que diz respeito a salvação da alma. 
Não somos salvos por cumprir o que Cristo nos ensinou e nem seremos condenados por não cumprir. Fomos salvos pela Graça de Deus apenas.

Para a maioria das pessoas isto faz um nó na cabeça. “Para que então Jesus nos ensinou?”
Ora, para andarmos como Deus quer que o homem andasse quando criou Adão no Éden! Reconciliados com Deus e com a criação Dele!

Mas tudo isso só é válido quando cumprido em amor. Se houver outro sentimento ao observar os ensinamentos de Cristo, estaremos cumprindo de maneira errada e para nada adiantará.

Assim se eu não cobiço eu apenas estou reconciliado com Deus e Sua criação, satisfeito com o que tenho.
Se eu não odeio, apenas estou reconciliado com Deus e Sua criação, pois Ele nos fez todos irmãos, e amou a todos como Pai.
Se eu ajudo alguém em necessidade, apenas estou reconciliado com Deus e Sua criação, compartilhando o que tenho com alguém que está faltando.
Se cuido de um animal doente, planto uma árvore, poluo menos, estou reconciliado com Deus e com Sua criação, fazendo dessa terra um lugar mais próximo daquilo que o plano de Deus existia para o Éden.

Repare que "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" é o resumo de tudo! (Mc 12:29-33)
Repare também que se assim fizermos, estamos retornando a imagem e a semelhança de Deus, tal quanto o Altíssimo planejou para o homem lá no Gênesis!
Claro que continuaremos a pecar, pois somos caídos. Porém há uma notícia excelente: Nossos pecados foram perdoados por Cristo na Cruz!

Portanto termino este post convidando a todos a se reconciliarem com Deus e com Sua criação, vivendo em amor o que Cristo nos ensinou. Uma Lei santa, cumprida em Amor.

Sim, pois se não há condenação, só nos resta servir por Amor!

Estejamos todos em Cristo!

Amém!