sábado, 24 de maio de 2014

O batismo é necessário para salvação? O que é regeneração batismal?


Por Michael Houdmann

Regeneração batismal é a crença que uma pessoa tem que ser batizada para ser salva. Acreditamos que batismo é um passo de obediência importante para um Cristão, mas rejeitamos completamente a idéia de que batismo é necessário para salvação. Acreditamos fortemente que cada Cristão deve ser batizado por imersão em água. O batismo ilustra a identificação do Cristão com a morte, enterro e ressurreição de Cristo. Romanos 6:3-4 declara: “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.” A ação de ser imerso em água ilustra ser enterrado com Cristo. A ação de sair da água retrata a ressurreição de Cristo.

Qualquer coisa adicionada à fé em Jesus Cristo como sendo uma condição para salvação é uma salvação baseada em obras. Adicionar QUALQUER COISA ao Evangelho é dizer que a morte de Jesus na cruz não foi suficiente para comprar nossa salvação. Dizer que precisamos ser batizados para sermos salvos é dizer que precisamos adicionar nossas boas obras e obediência à morte de Cristo para que Sua morte seja suficiente para salvação. Apenas a morte de Cristo pagou pelos nossos pecados (Romanos 5:8; 2 Coríntios 5:21). O pagamento de Jesus pelos nossos pecados é debitado à nossa “conta” através de fé apenas (João 3:16; Atos 16:31; Efésios 2:8-9). Portanto, batismo é um passo importante de obediência depois de salvação, mas não pode ser uma condição para salvação.

Sim, há alguns versículos na Bíblia que aparentam indicar que batismo é uma condição necessária para salvação. No entanto, já que a Bíblia nos diz tão claramente que salvação é por fé apenas (João 3:16; Efésios 2:8-9; Tito 3:5), tem que existir uma interpretação diferente para essas passagens. A Bíblia não se contradiz. No tempos bíblicos, uma pessoa que se convertia de uma religião para outra era frequentemente batizada para identificar conversão. Batismo era o meio usado para tornar pública essa decisão. Aqueles que se recusavam a ser batizados estavam dizendo que não acreditavam realmente. Então, na mente dos apóstolos e discípulos primitivos, a idéia de um crente não-batizado era incomum. Quando uma pessoa clamava acreditar em Cristo, e ao mesmo tempo tinha vergonha de proclamar sua fé em público, isso era uma indicação de que não tinha fé verdadeira.

Se batismo é necessário para salvação, por que Paulo teria dito: "Dou graças {a Deus} porque a nenhum de vós batizei, exceto Crispo e Gaio" (1 Coríntios 1:14)? Por que ele teria dito: "Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo" (1 Coríntios 1:17)? É verdade que nessa passagem Paulo está argumentando contra as divisões que atormentavam a igreja de Corinto. No entanto, como é que Paulo podia dizer: "Dou graças {a Deus} porque a nenhum de vós batizei" ou "Porque não me enviou Cristo para batizar", se batismo fosse necessário para salvação? Se batismo é necessário para salvação, Paulo estaria dizendo, em outra palavras: “Dou graças a Deus que você não é salvo…” e “Porque Cristo não me enviou para salvar...” Seria uma afirmação completamente ridícula para Paulo fazer. Além disso, quando Paulo descreve um esquema detalhado do que ele considera o Evangelho ser (1 Coríntios 15:1-8), por que ele não menciona batismo? Se o batismo é uma condição necessária para salvação, como é que qualquer apresentação do evangelho poderia deixar de mencioná-lo?

A regeneração batismal não é um conceito bíblico. O batismo não salva do pecado, mas de uma consciência ruim. Pedro ensinou claramente que o batismo não era um ato cerimonial de purificação física, mas um sinal de uma boa consciência diante de Deus. O batismo é o símbolo do que já aconteceu no coração e vida daquele que confiou em Cristo como Salvador (de acordo com Romanos 6:3-5; Gálatas 3:27; Colossenses 2:12). Para tornar a fonte de salvação completamente clara, Pedro adicionou: “mediante a ressurreição de Jesus Cristo” (1 Pedro 1:3). O batismo é um passo importante que todo Cristão deve seguir, mas não pode ser uma condição para salvação. Argumentar a favor disso é dizer que a morte e ressurreição de Cristo não foram suficientes.

"Pior ainda, é o ensinamento extra-Bíblico na denominação evangélica deste modesto blogueiro, dizendo que o batismo é necessário para o novo nascimento ou a regeneração. Mal sabem estes incautos, que tal conceito nasceu no paganismo; além do mais, estão contradizendo com esta heresia, o ponto de doutrina n° 5 constante na contra capa do hinário oficial da CCB." (Douglas Pereira da Silva)

sexta-feira, 23 de maio de 2014

O que significa participar da ceia do Senhor indignamente?


Por Vinicius dos Reis

"Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor." (I Corintios 11.27)
Por muito tempo, tive medo da Ceia do Senhor. Tive medo porque sempre que era citado este texto ficava me perguntando o que seria comer a ceia indignamente.

Sempre fui ensinado que este texto significa que não devemos participar da Ceia se estivermos "em pecado". E esta dúvida sempre me assombrava, pois, quem afinal, não está em pecado? Já que o apóstolo João afirma que "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós." - (I João 1.8)

Analisemos, então, o texto de Paulo à igreja de Corinto, de acordo com o que ele quis dizer (verdadeira interpretação bíblica).

Um grande erro que cometemos é pinçar textos das Escrituras sem analisar o seu contexto, ou seja, do que se trata o livro, a quem foi direcionado e, principalmente, os textos que vem imediatamente antes e depois do versículo que estamos lendo.

Imaginem que eu eu escreva uma carta com 20 linhas e alguém, muitos anos depois, "retire" apenas uma frase, como esta: "Ele não deveria ser condenado pelo crime de matar 20 crianças". Pois bem, isto daria "argumento" suficiente para as gerações futuras interpretarem que eu sou a favor do homicídio de crianças, correto? Mas imagine que minha frase imediatamente anterior tenha sido: "Eu estava com ele naquela tarde, tenho certeza de que é inocente."

Percebem, como o contexto muda todo o sentido de uma frase?

Entendamos então, o contexto da carta de Paulo aos Coríntios no que se refere à Ceia do Senhor.

O apóstolo dos gentios, a partir do versículo 17, está repreendendo os crentes daquela igreja pela maneira indigna como participam da Ceia. Vejam: "Quando vocês se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga. Será que vocês não têm casa onde comer e beber? Ou desprezam a igreja de Deus e humilham os que nada têm? Que lhes direi? Eu os elogiarei por isso? Certamente que não!" - (I Corintios 11.20-22)

Vemos claramente que Paulo está condenando a maneira (modo) como eles realizam e participam da Ceia do Senhor. Imaginem a cena: Os crentes mais ricos chegam mais cedo, trazem um verdadeiro banquete, comem tudo o que trouxeram sem esperar pelos demais e humilham os crentes mais pobres que não tinham nada para trazer, e que ainda por cima, vão embora com fome.

Paulo os repreende porque desta maneira, eles anulam toda a simbologia da Ceia de Cristo, que é partilharem do mesmo pão, promovendo a união e comunhão entre aqueles que são o corpo de Cristo. O objetivo da Ceia, é anunciar a morte do Senhor até que ele venha. Isso só é possível se levarmos para nossa vida cotidiana o sentido da Ceia: a igualdade entre os homens e a comunhão em amor, através do corpo e do Sangue de Jesus.

O que os coríntios estavam fazendo era exatamente o contrário, estavam se segregando entre classes sociais e promovendo a discórdia entre os demais.

O contexto desta passagem é esse, não há outra interpretação possível. De acordo com o conteúdo da carta, vemos que o apóstolo está corrigindo o MODO como eles realizam/participam da Ceia.

Há, ainda, uma simples análise gramatical do texto que também pode trazer à luz a verdadeira intenção de Paulo. Quando ele diz "Comer ou beber indignamente", o que isto quer dizer? 

Em bom português, indignamente é um adjunto adverbial de MODO. Ou seja, o que é indigno é a maneira como o comer e beber é realizado e não os coríntios em si. Entendem agora porque eu citei tanto as palavras modo e maneira na interpretação do texto?

Concluindo, aprendemos que o texto que nos ensina a não participar indignamente da Ceia não significa que não devemos estar "em pecado", pois isto seria impossível. Até mesmo porque, nossa dignidade não vem de nós mesmos, mas de Jesus e sua obra redentora.

Aprendemos que a maneira como a Ceia é realizada importa para torná-la digna ou não.E que a Ceia é um memorial sobre a morte de Jesus, anunciando-a até que Ele venha.

A Ceia simboliza que a morte de Jesus serviu para unir as pessoas, como iguais, mediante um laço inquebrável: seu corpo e seu sangue. Esta é a nova aliança!

"Portanto, participar da ceia do Senhor indignamente, não têm haver em estar ou ter cometido algum pecado - seja qual for a transgressão cometida! -, mas sim, faze-la dela uma refeição comum, sem significado, sem reverencia e sem unidade, tal como os crentes corintianos fizeram. Caso o cristão tenha cometido algum pecado, ou esta afastado da comunhão e da fé, é na ceia do Senhor que ele encontra uma rica e gloriosa oportunidade de confessar ao Senhor o seu pecado e reconciliar-se com Deus e participar da ceia com grande alegria - pois afinal, foi para pecadores remidos que o Senhor Jesus instituiu a ceia - bem como também, nos demais cultos públicos de adoração" (Douglas Pereira da Silva)

Preciso me esforçar para ser salvo?


Por Mario Persona

Sempre devemos ter em mente duas coisas: quando uma verdade é declarada numa passagem da Palavra de Deus, outra passagem não poderá contradizê-la. Outra é procurarmos entender as circunstâncias em que as coisas foram ditas, a quem, com que motivo etc.

"E disse-lhe um: Senhor, são poucos os que se salvam? E ele lhe respondeu: Esforcem-se por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão". (Lucas 13.23-24)

A primeira impressão que a passagem dá é de que o esforço humano é que nos salva, ou seja, se eu for salvo poderei dizer que foi por eu ter me esforçado. Porém sabemos bem que nada em nossa salvação vem de nós, ou poderíamos nos gloriar em nós mesmos. O catolicismo romano e boa parte do protestantismo acredita na salvação por obras, ainda que os protestantes preguem a salvação pela fé. É que, principalmente os pentecostais, acreditam que somos salvos pela fé, mas só podemos nos manter salvos pelas obras, obediência, perseverança etc.

A passagem abaixo mostra claramente que a salvação é pela graça, pela fé, não depende de nós, é presente de Deus, não depende de obras (para ninguém poder se gloriar que foi salvo por seus esforços), e que os salvos são nova criação em Cristo para viver e praticar boas obras que nem são suas, mas de Deus, que as preparou para nós as praticarmos.

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas". (Efésios 2.8-10)

Então que esforço é este que está falando Lucas, para entrar pela porta e caminho estreitos? É o esforço do querer estar nessa salvação que Deus preparou de graça, e é aí que entra a necessidade de entendermos as circunstâncias do que foi dito.

Se ler os versículos anteriores de Lucas 13 verá que o Senhor está ensinando a respeito do Reino de Deus. O conceito de "salvação" para um judeu não era o mesmo que temos hoje como igreja, de irmos morar no céu com Cristo. Para um judeu salvação significava viver para sempre no reino do Messias na terra.

Veja o caso de Mateus 24, que descreve o remanescente de judeus convertidos durante o tempo da tribulação após o arrebatamento da igreja. Ali diz que "aquele que perseverar até o fim será salvo" (Mateus 24.13). Mas que salvação é essa? A resposta está no mesmo capítulo, versículo 22: "se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne - (observe que no versículo está a palavra carne, e não espirito ou alma) - se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias". O contexto todo está falando de uma salvação da vida, da pessoa ser salva da morte (em meio a toda a tribulação descrita na passagem) para poder entrar viva no reino do Messias.

Voltando ao capítulo 13 de Lucas você encontra os judeus querendo insinuar que os galileus, que tinham sido mortos por Pilatos, sofreram aquilo por serem pecadores, e o Senhor mostra que eles não eram nem um pouco menos pecadores do que os outros e sem arrependimento seriam igualmente condenados (vers. 1-3). Depois ele fala a mesma coisa referindo-se a outros que morreram na queda de uma torre (vers. 4-5).

Em seguida ele fala de Israel, representado pela figueira, que há 3 anos não dava fruto para o dono da terra. Para evitar cortá-la de imediato, o dono da terra ordena que ela fique mais um ano para ver se produz fruto.

O capítulo segue falando de Israel, agora representado pela mulher encurvada há 18 anos. Por que achar que a mulher representa Israel? Romanos 11.10 diz, falando de Israel: "Escureçam-se os seus olhos, para que não consigam ver, e suas costas fiquem encurvadas para sempre". A passagem segue com a indignação dos judeus por Jesus ter curado no sábado e depois vem as comparações que ele faz com o Reino de Deus.

Primeiro o Reino é semelhante a um grão de mostarda que dá uma grande árvore em cujos ramos os pássaros se aninham. Em Mateus 13 aprendemos que esses pássaros são os mesmos agentes de satanás que roubaram as sementes que o Semeador semeou e caíram à beira do caminho, portanto o reino, em seu aspecto atual, inclui falsos e verdadeiros. (veja Mateus 13.4, 19)

Depois o reino é comparado à mulher (uma pessoa que não poderia ensinar, conforme dizia o contexto histórico da época - I Timóteo 2.12) introduzindo fermento (figura de má doutrina, como o próprio Senhor explica em outra passagem - Mateus 16.12) na massa que acaba crescendo artificialmente.

É na sequência, em seu caminho para Jerusalém, que alguém pergunta se serão poucos os que se salvarão e o Senhor não responde à pergunta dele, mas fala à consciência. Eu creio que o Senhor não diz "serão poucos" ou "serão muitos" porque não era importante aquela pessoa saber, já que é uma pergunta que só serve para a curiosidade. Que vantagem tal pessoa teria em saber se são poucos ou muitos?

Se estivermos falando de salvação eterna, a Bíblia deixa claro que serão muitos, pois os perdidos não serão em maior número que os salvos porque a própria Palavra diz que Cristo terá, em tudo, a primazia. Ele não daria ao inimigo a primazia de ter arrastado mais pessoas à perdição do que Cristo à salvação.

"E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência". (Colossenses 1.18)

Além disso devemos considerar o número de fetos provenientes de abortos naturais ou não, e também de crianças que morrem antes da idade da razão. Todos esses são seres humanos, não são anjos como dizem alguns, mas seres humanos salvos pela obra de Cristo, o mesmo que disse para seus discípulos não impedirem as crianças de irem a ele.

Chegamos então ao versículo que diz para entrarmos pela porta estreita e se fizermos uma conexão com tudo o que foi dito antes perceberemos que os judeus se achavam justos por natureza, dignos de entrarem no Reino só pelo fato de serem filhos de Abraão, de serem judeus, de acharem que guardavam a Lei etc. Era como se eles dissessem: Eu não preciso fazer nada, porque já tenho meu lugar garantido por meu status de filho de Abraão.

Porém a conversão exige uma tomada de posição, exige estar disposto a sair da zona de conforto do caminho largo e se colocar disposto a cumprir a condição de um relacionamento estreito com Deus. Mesmo assim não devemos nunca nos esquecer de que nem esta disposição vem de nós mesmos, mas de Deus. 

"Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade". (Filipenses 2.13)

Usando de um outro exemplo, imagine o caminho largo e a porta larga como a condição natural do homem, ou seja, do que diz "vamos deixar do jeito que está para ver como fica". Pense agora na porta ou caminho estreitos como uma mudança de posição, algo que nossa velha natureza não aprecia porque avalia as consequências disso e percebe que poderá perder amigos, prazeres humanos, ser perseguido por sua fé etc. 

Volto a lembrar: Se temos tantas passagens que falam claramente que a salvação é por graça, que somos escolhidos antes da fundação do mundo e que ninguém pode nos tirar das mãos do Pai que nos deu a Cristo, não poderíamos interpretar esta passagem como se a salvação fosse por esforço e que assim que saíssemos do caminho estreito estaríamos automaticamente perdidos, como se fôssemos nós mesmos os geradores e mantenedores de nossa salvação. Pensar assim é colocar a fé na capacidade humana, e não na graça de Deus, na obra de Cristo e no poder do Espírito em nos manter.

"Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória". (Efésios 1.13-14)

"E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna glória, depois de havemos padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoe, confirme, fortifique e estabeleça". (I Pedro 5.10) 

Mais um pensamento: se você me perguntar por que a porta e o caminho são estreitos eu poderia também responder que é por só existir uma porta e um caminho, Jesus. O acesso a qualquer lugar que só tenha uma porta pode muito bem ser chamado de "estreito" e considerar a necessidade de "esforço" para passar por ali, já que a alternativa (qualquer outra porta ou caminho) não servirá.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Lavamos nossos pecados se batizando ou invocando o nome do Senhor? Atos 22:16


Por Hélio Marques

"Agora por que te demoras? Levanta-te, BATIZA-TE e lava os teus pecados, invocando o seu nome." (Atos 22:16)

Utilizar deste verso das sagradas escrituras a fim de provar que as águas do batismo lava os nossos pecados constitui de fato um verdadeiro DESATINO.

Ao ler esta passagem um incauto tem sua mente bloqueada ao passar os olhos em"teus pecados". Após esta parte nada mais lhe interessa...

Vemos claramente logo adiante o que de fato deve ser feito para lavagem dos nossos pecados, fé. Isso fica evidente no seguinte conselho "invocando o seu nome". Posto isto temos que a lavagem dos nossos pecados se da por meio do sangue de CRISTO quando o pecador o invoca com FÉ.

"E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." Atos 2:21

"Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." Romanos 10:13

Foi dado a ordem "batiza-te" e logo em seguida "e lava os teus pecados, INVOCANDO O SEU NOME", essa é a seqüência descrita no texto.

Muitos não consideram este “ínfimo” detalhe.

Fica claro e evidente que a lavagem dos pecados é realizado por meio da fé no nome de CRISTO. Foi isso que Ananias declarou; a lavagem dos nossos pecados se dá quando invocamos o nome do Senhor, somente.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Por que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha?



(Mateus 19.24)

Essa passagem é simples se entendermos o contexto.

Os ricos sempre foram vistos como "abençoados" por Israel (coisa comum hoje em dia, não? I)

Os ricos eram aqueles que ofertavam mais, faziam as melhores benfeitorias ao templo (coisa comum hoje em dia, não? II)


Os ricos eram aqueles que tinham acesso aos sacerdotes e consequentemente aos "homens de Deus" que intercediam por eles (coisa mais comum hoje em dia, não? III)

Daí, quando Cristo chega e diz que pra o rico ser salvo é algo impossível, some o chão literalmente para o resto da negada.

"Pô, se pro rico é impossível, nós, tudo ralés, tamos fritos" um dos discípulos diz.
Jesus replica: "Salvação é milagre de Deus"
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Simples como água.. Jesus só ta nivelando todos: Pra sermos salvos não é pelo o que fazemos e pelo que somos. Salvação é um milagre. Milagre que só Deus podia fazer, enviando o Deus Conosco, o Emanuel, ser o sacrifício perfeito, zerando toda escrita de dívida que tínhamos.

Daí ser rico, pobre, estudado, analfabeto, não influencia em nada na salvação. Somos todos nivelados como NECESSITADOS DO MILAGRE.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

A origem do "pecado de morte": O NOVACIANISMO


Por Douglas Pereira da Silva

Recentemente, este simplório blogueiro realizou um breve estudo sobre as heresias e cismas que surgiram na era patrística, isto é, na IGREJA denominada de primitiva. 

Dentre diversas heresias constatadas na pesquisa - Ebionismo, Gnosticismo, Marcianismo, Maniqueísmo, Montanismo, Donatismo etc - uma despertou especial atenção: O NOVACIANISMO (251 - séc. VII)

Novaciano era um padre romano que, em 251 d.C., se opôs à eleição do Papa Cornélio, que se seguiu ao martírio do Papa Fabiano durante a perseguição, sob o argumento de que ele era muito frouxo em seus critérios para aceitar os cristãos arrependidos; vários membros rejeitaram Cornélio, separando-se e escolhendo Novaciano como bispo, criaram assim, uma outra rede de igrejas, com novas doutrinas e confissões de fé. 

Surge, então, o movimento chamado de NOVACIANISMO. O nome deste movimento alude - obviamente - àqueles que passaram a seguir suas doutrinas, práticas de fé e costumes.

Em sua confissão de fé, uma das heresias elaboradas por Novaciano, e que regiam a sua seita, era a seguinte: 

Nenhum perdão dos pecados graves depois do batismo: a idolatria e o adultério podem ser perdoados uma só vez, por ocasião do batismo; depois disso, tais pecados são contra o Espirito Santo e imperdoáveis pela "santa" igreja; os lapsos (pecadores) podem ficar perto da igreja como penitentes, mas nunca poderão reentrar nela novamente.

Surpreendentemente - para tristeza e decepção deste blogueiro - o ensinamento herético de Novaciano, do ano de 251, é atualmente praticado em pleno século XXI pela denominação deste autor, e demais igrejas que estão ligadas na mesma fé e doutrina, sob o nome de "pecado de morte" - o qual já refutamos no artigo "Afinal, o que é "pecado de morte"?"

Só resta orar e confiar em Deus, acreditando que um dia o Senhor - pela sua misericórdia e compaixão - movam o coração e a mente cauterizada de alguns - muitos na verdade - ministros, afim de erradicar essa ignorância da fé, e limpar as igrejas destes entulhos religiosos que nada têm haver com o evangelho da graça; pois tal conceito, serve apenas para chafurdar o evangelho pregado por Cristo e seus apóstolos, transformando a graça numa verdadeira desgraça, além de dizimar milhares de almas com esta satânica "doutrina".

SOLA MISERICÓRDIA

ATENÇÃO: Este artigo contém erro de informação! Todavia, o mesmo já foi corrigido no dia 21.set.2014 por este autor, através de uma nova dissertação que poderá ser conferida, clicando AQUI. Desde já, conto com a compreensão dos nobres leitores. A paz de Deus!

sábado, 3 de maio de 2014

Jamais! Vamos "rachar" essa conta ai!


Por Hélio Marques

Não existe nada mais deprimente do que ser pego de surpresa quando alguém em sua companhia, após o término de uma refeição no restaurante, alega quitar com toda a dívida ao dizer "é tudo por minha conta" já abrindo a carteira na sua frente tirando dela o valor referente às despesas usufruídas no estabelecimento. Você vai todo preparado para pagar com aquilo que consumir e não vai aceitar um "insulto" desses, afinal de contas você pode!

A "cortesia" do seu amigo é totalmente dispensável, você não quer passar por um vexame desses em permitir que ele arque com tudo o que foi gasto que diga-se de passagem não é pouco.

Enquanto ele tira as notas da carteira dele você imediatamente se levanta com uma mão no bolso para sacar a sua e a outra sobre a mão dele, dizendo "Jamais! Vamos rachar essa conta ai!".

Sua ação não é fruto da preocupação em si do seu amigo arcar com tudo sozinho (você sabe que ele tem condição para isso) mas sim do seu orgulho e vaidade pessoal, afinal de contas você pensa, "se ele pode eu também posso!"
Quem já não passou por isso um dia? Receber um grande favor de alguém e querer compensar não como uma forma de gratidão por aquilo que recebeu, mas sim para não se sentir endividado.

Um orgulho latente em nossos corações, algo que faz parte da natureza humana, embora MUITOS não reconheçam tal condição.
Infelizmente é assim que certos crentes tratam o Senhor Jesus, como se ele fosse o "amiguinho" do restaurante com o qual você deve "rachar" a conta que ELE mesmo se propôs a pagar.

Todos os nossos pecados foram quitados e pagos pelo Senhor Jesus em sua obra expiatória que ELE realizou por nós no duro madeiro da cruz para o resgate das nossas almas.
Através disto fomos por ELE agraciados com salvação eterna por meio da fé na SUA bendita pessoa, unicamente.

Querer ser salvo por méritos próprios em detrimento de reconhecer que você é um miserável ser humano cuja essência da sua natureza tende sempre para o mal e que necessita estar sobre a égide da graça de DEUS a cada instante ínfimo da sua vida é tentar de alguma forma ser co-participante na redenção plena da sua alma.

Com isso tentar ser agradável diante do seu Redentor com as ferramentas das obras que lhe estão ao seu alcance (alcance limitado, diga-se de passagem) para somente depois ser aceito por ELE como digno e merecedor de possuir a vida eterna é ter muita confiança em si mesmo, querer "rachar" a conta com o Senhor.

Isso não é gratidão, é compensação.

"No campo do Direito das obrigações, a compensação é uma forma de se extinguir uma obrigação em que os sujeitos da relação obrigacional são, ao mesmo tempo, credores e devedores.
O termo compensar é tomado no sentido de equilibrar, restabelecendo o equilíbrio da obrigação pelo encontro de débitos entre as partes, até compensarem-se.
O principal efeito da compensação é a extinção da obrigação, como no pagamento, ficando os credores reciprocamente satisfeitos após o acerto de débitos. No caso de várias dívidas compensáveis entre os dois sujeitos, observam-se as regras da imputação de pagamento."
Fonte: Wikipédia

É aquele velho jargão: "DEUS fez a parte dele para nos salvar e agora devemos fazer a nossa".

Um grande equívoco pensar desta maneira!

A parte que o Senhor fez para nos salvar foi COMPLETA a tal ponto de não precisarmos fazer ABSOLUTAMENTE mais NADA!
Isso mesmo que você leu, NADA!

Você se sente ofendido com isso?

Deve estar pensando: "Já que é assim qual o sentido de ser fiel a DEUS, andar em temor e santidade, desviar do pecado dentre outras coisas concernentes à vida cristã? Já que estou salvo e nada do que eu fazer ou deixar de fazer irá contribuir para a redenção plena do meu ser eu vou jogar tudo pro alto então!"

Esse tipo de pensamento só revela o mau caráter existente no teu ser e o fato de você ainda não ter conhecido o que realmente representa a graça de DEUS na vida do homem pecador.
Já adianto o que você deve estar pensando: "Mas Jesus não deixou claro que a porta que conduz a salvação é estreita e apertada e o caminho que conduz a perdição é espaçoso e são muitos os que entram por ela?

Realmente, o Senhor Jesus disse que a porta e o caminho da salvação é estreito enquanto que o caminho ou a porta que conduz a perdição é espaçoso (Mt 7: 13-14).

No entanto você esta na contramão do que verdadeiramente Jesus ensinou nesta passagem, uma vez que a porta ou o caminho da salvação é estreito dentro do ponto de vista de que na prática são poucas as pessoas que renunciam ao ego se reconhecendo como TOTALMENTE dependente da misericórdia de DEUS em suas vidas em nos garantir estado de graça e completa redenção sem precisarmos efetuar compensações de caráter meritóriamente humano por isso. A porta e o caminho estreito nesse caso é a própria pessoa do Senhor Jesus Cristo e não os atalhos das "obras" que você pensa serem indispensáveis trilhar para ser aceito por DEUS como digno e merecedor da sua redenção (Jo 10: 9 e 14:6).

Não é nada fácil para o homem, munido de um coração egocêntrico, ter que reconhecer que somente e tão somente por uma segunda pessoa que não seja o "eu próprio" ele poderá alcançar a redenção completa do seu ser. Admitir que nada do que ele fazer ou deixar de fazer para ser merecedor da sua salvação é passar na porta estreita chamado Jesus Cristo.
O quão dificil e penoso é para o ser humano levantar suas mãos reconhecendo sua miséria e depravação total diante do seu Criador. É justamente isso que é passar na porta estreita e desvencilhar do seu egoísmo em assumir sua natureza pecaminosa na aceitação da ajuda de uma segunda pessoa em sua vida, no caso Jesus Cristo.

É esse o verdadeiro significado da "porta estreita" e não o que você aprendeu daqueles que ensinam que a salvação e a redenção plena do teu ser esta baseada naquilo que você é capaz de fazer para ser aceito diante de DEUS e assim compensar sua dívida já paga pelo Senhor JESUS, na moda de querer "rachar a conta" com ELE.

Aceite esta graça, passe por esta porta estreita, desvencilhe do seu orgulho e reconheça que em cada segundo da sua vida você é TOTALMENTE dependente da misericórdia de DEUS que é o único que pode garantir a salvação eterna da sua alma e que sem ELE você estará perdido e certamente não conseguirá alcançar o objetivo final, a tão esperada coroa da vida com glória nos céus.


Guarde essa carteira cheia de dinheiro pois a salvação da nossa alma foi COMPLETA sendo executada pelo Autor e Consumador da nossa redenção, a saber, JESUS CRISTO.

A dívida foi quitada cabendo a você ser grato a DEUS por esta linda obra que ele iniciou em nossas vidas e certamente irá concluir  na plenitude dos séculos, pois "fiel é o Senhor, que nos confortará e guardará do maligno" (II Ts 3:3), devemos saber "em quem temos crido, e estarmos certos de que ELE é poderoso para guardar o nosso depósito, até àquele dia" (II Tm 1:12).

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O CRISTÃO DEVE GUARDAR O SÁBADO OU O DOMINGO? OU NENHUM DOS DOIS?


Por Ciro Sanches Zibordi

Tenho lido e ouvido, aqui e ali, que os dez mandamentos são atemporais e devem ser guardados por todas as igrejas cristãs. Quanto à observância do sábado, especificamente, alguns expoentes têm afirmado que ela foi substituída pela observância do domingo, após a ressurreição do Senhor Jesus. Antes de discorrer sobre esse “domingo sabático”, é importante pontificar que o mandamento alusivo à guarda do sábado é exclusivo para os israelitas. Eles passaram a observá-lo depois da saída do Egito, em alusão ao descanso de Deus, logo após o acabamento da obra da Criação. Ao contrário do que muitos afirmam, o Senhor trabalhou no dia sétimo e, em seguida, descansou (Gn 2.1-3).
De acordo com a Bíblia, há três grupos de povos no mundo: judeus, gentios e Igreja de Deus (1 Co 10.32). Nem todas as ordenanças que o Senhor estabeleceu para os israelitas são extensivas à Igreja. Alguns mandamentos foram dados exclusivamente a Israel. É o caso da guarda do sábado, contida no Decálogo (Êx 20.8). O povo liberto pelo Senhor da escravidão egípcia deveria repousar nos sábados de seus trabalhos, adorar a Deus, além de se lembrar de que foi tirado do Egito com mão forte (Dt 5.15).
Os adventistas do sétimo dia guardam até hoje o sábado, como se fossem israelitas, e priorizam esse mandamento em relação aos outros — tanto que o nome da sua igreja é Adventista do Sétimo Dia, e não Adventista dos Dez Mandamentos. Eles acreditam que a guarda do sábado aplica-se a todas as pessoas, em todas as épocas, sob a alegação de que tal ordenança já era observada mesmo antes da sua confirmação, no Sinai (Êx 16.23). Asseveram, ainda, que foi Deus quem escreveu o Decálogo, com o seu próprio dedo, e não Moisés (Êx 31.18).
Na verdade, todos os dez mandamentos, e não apenas um deles, vinham sendo observados pelos israelitas, antes de sua confirmação no monte Sinai, pois o Senhor já falava com o povo através de Moisés (Êx 3-19). Isso, entretanto, não torna os tais mandamentos atemporais e aplicáveis a todos os grupos de povos. O Tabernáculo e a forma de culto também foram dados por Deus a Moisés, no mesmo monte Sinai (Êx 21-31). E o Senhor asseverou: “Atenta, pois, que o faças conforme o modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40). Por que os templos adventistas não possuem átrio, lugar santo e lugar santíssimo, conforme o modelo que o Senhor deu a Moisés, no monte Sinai? E as leis dos sacrifícios, por que não são observadas? E as vestes sacerdotais? E as festas?
Alguém argumentará: “Somente o sábado é atemporal porque era observado antes da existência de Israel”. Ora, Abraão também oferecia sacrifícios antes de Israel existir (cf. Gn 15). Por que os cristãos não oferecem animais a Deus, nos dias de hoje? Cristo Jesus, o nosso modelo (1 Jo 2.16; 1 Co 11.1), procurava não violar o sábado (Lc 4.16). Mas Ele não estava preso à lei mosaica (Mc 3.1-4). Afinal, “a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1.17). E Ele, que é o Senhor do sábado, afirmou que este foi feito por causa do homem (Mc 2.26-28), estimulando-nos a termos domínio sobre o sábado.
Nesse período da graça, não precisamos guardar o sábado de descanso, como os israelitas. A Igreja não está debaixo da lei mosaica (Rm 6.14; Lc 16.16; Gl 4.1ss). A Palavra de Deus afirma: “ninguém vos julgue [...] por causa dos [...] sábados, que são sombras das coisas futuras” (Cl 2.16,17). Isso não significa, evidentemente, que devemos desobedecer aos outros mandamentos. Dos dez mandamentos mencionados em Êxodo 20, nove foram repetidos no Novo Testamento, sendo extensivos à Igreja de Deus. Entretanto, não há nenhuma menção à necessidade de observar a guarda do sábado. A Igreja adotou, desde o primeiro século, um dia no qual se dedica a Deus e à sua obra: o domingo, dia da ressurreição do Senhor. Mas não vemos em nenhum lugar do Novo Testamento um mandamento similar ao que foi dirigido aos israelitas. Nós não precisamos guardar o domingo!
À semelhança da igreja do primeiro século, nós temos a tradição de nos reunirmos no domingo (At 20.7; Mc 16.2,9; 1 Co 16.2; Ap 1.10). Quem guarda o sábado ou o domingo em lugar do sábado, como se isso fosse um mandamento de Deus, está abraçando o legalismo. Para os israelitas, não guardar o sábado significava quebrar a aliança mosaica (Is 56.4-6; Êx 31.15). Para nós, não cultuar a Deus no domingo — considerado “o dia do Senhor” — ou em outro dia aprazível não denota quebra de pacto com o Senhor. No máximo, revela negligência, no caso do crente que deixa de ir ao culto por qualquer motivo (Ef 5.14-16).
Há expoentes dizendo: “A guarda do sábado é um mandamento eterno, válido para todos os povos em todas as épocas. Por isso, as igrejas cristãs devem guardar o domingo, pois, desde o primeiro século, esse dia passou a substituir o sábado israelita”. É evidente que precisamos de pelo menos um dia semanal para descanso, a fim de cuidar do “templo do Espírito Santo” (1 Co 3.16,17; 6.19,20). E esse dia, para a maioria dos cristãos, é o domingo, no qual também adoramos a Deus, estudamos a sua Palavra, evangelizamos, etc. Mas o domingo nunca teve para as igrejas cristãs o mesmo peso que o sábado tinha para os israelitas. O cristianismo não é cerimonialista, ritualista ou legalista.
Mas há também o crente domingueiro, que se ausenta — não por necessidade, e sim por negligência — de reuniões semanais importantíssimas, como o tradicional culto de ensino da Palavra de Deus. É o crente legalista, que só vai ao templo aos domingos, como se fosse uma obrigação. Ele acaba perdendo a melhor parte. Conheço igrejas, especialmente no Nordeste, em que o culto de doutrina, realizado no meio da semana, é o mais frequentado, pois o povo gosta do ensino.
Em Romanos 15.4 está escrito: “tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito”. Isso significa que, embora o mandamento da guarda do sábado tenha sido transmitido exclusivamente aos israelitas tirados do Egito, nós podemos também, à semelhança deles, dedicarmos pelo menos um dia para servir ao Senhor. E temos como tradição, e não por força de mandamento, nos reunirmos aos domingos.
Finalmente, o sábado para Israel implicava cessação completa de atividades. Nenhum trabalho podia ser realizado (Êx 16.23; 35.2,3; Jr 17.22; Mc 16.1). Até o comércio estava proibido (Am 8.5). Se tivéssemos de guardar o domingo como substitutivo do sábado israelita, visto que se trata de um mandamento eterno, não teríamos de fazer o mesmo? Que fechem as livrarias e as cantinas dos templos, aos domingos!