domingo, 21 de setembro de 2014

ERRATA: "A origem do "pecado de morte": O NOVACIANISMO"


Por Douglas Pereira da Silva

Queridos e Diletos leitores do Teologando,

A presente ERRATA tem por objetivo, corrigir a informação contida no artigo "A origem do "pecado de morte": O NOVACIANISMO", escrito e publicado por este modesto autor, aqui neste LINK, no dia 5 de Maio de 2014.

Argumentei no mesmo que, após uma concisa pesquisa realizada em um brevíssimo estudo acerca das heresias que surgiram durante os primeiros séculos do cristianismo, isto é, na denominada era Patrística, a conhecidíssima e famigerada Heresia por nome de "Pecado de Morte", surgiu com NOVACIANO em 251 d.C., após um cisma que ocorreu em razão da oposição deste pela eleição do Papa Cornélio (? - 253 d. C.).

Todavia, tal informação esta INCORRETA!

Após um minucioso e cuidadoso estudo realizado por este autor, à respeito das Heresias que surgiram nos primórdios da Igreja - feito de forma sistemática com livros e artigos especializados no assunto pelo universo acadêmico - foi constatado e confirmado, precisa e indubitavelmente, que esta maléfica "doutrina" surgiu com um movimento herético chamado de MONTANISMO, em 198 d. C. 
Na verdade, o que Novaciano fez em 251 d. C., foi apenas "copiar" e implementar em sua seita, por assim dizer, alguns credos e pontos de Fé, semelhantes do Montanismo.

A seguir, será retificado com maiores detalhes, a origem desta Heresia.
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Nascido na Frígia, Ásia Menor, por volta dos anos 155 - 160, Montano tornou-se sacerdote do deus Apolo Lairbeno. 


Convertido ao cristianismo alguns anos depois, sentiu-se num dado momento, não só o porta voz, mas - pasmem, meus queridos leitores! - a encarnação do Espírito Santo.


Afirmava que o Paráclito prometido em João 14.26; 16.7, se encarnara em sua própria pessoa. Apresentava-se como a presença viva do Espírito Santo, afirmando categoricamente, ser ele a revelação perfeita, e ainda, sentia-se a maior autoridade, dizendo estar acima das Escrituras Sagradas! De acordo com documentos históricos e escritos analisados por historiadores da Igreja, Montano dizia: "Vim, não como anjo ou mensageiro, mas como o próprio Deus Pai"; em outras de suas falas, também dizia: "Vede, o homem é como a lira, e eu sou o arco; o homem dorme, e eu velo...".


Bem, se já achamos muita pretensão de um ser humano, em pleno século XXI, declarar-se sendo o próprio Jesus Cristo na terra - tal como vemos no fanfarrão do Henry "Cristo" - imagine então como foi em pleno século II do cristianismo, um sujeito declarar-se sendo a encarnação do Espírito Santo?



Após ser excomungado, e sua estranha teologia ter sido condenada, pelo papa Vítor em 198 d. C. - claro que seria excomungado, afinal, Montano conseguiu superar as heresias surgidas no período patrístico com suas obsessões - fundou um movimento fanático que vivia segundo as revelações proféticas sem fundamentação bíblica, não havia uma exegese e interpretação sólida - (muito familiar este método de pregação, não é mesmo?). Suas preleções deixavam apreensivas e oprimidas as pessoas que ouviam suas mensagens fantasiosas sobre o fim do mundo.

Assim surge, então, o montanismo

As idéias e as crenças que foram elaboradas por Montano, para doutrinar os seus seguidores, podem ser organizadas pelas seguintes súmulas:

a) Fé incondicionada de seus adeptos, obediência às suas ordens e uma moral rígida, dura, rigorosa, uma prática ascética de jejuns severos;

b) Aconselhamento e encorajamento ao martírio, interdição do matrimonio, especialmente das segundas nupcias;

c) Após o batismo, quem pecasse não poderia esperar novo perdão dos pecados, como o adultério e a apostasia, pois considerava tais pecados "a morte" para seus praticantes (Essa "doutrina" também é muito familiar);

d) Era proibido severamente, o uso de ornamentos nas mulheres (como uso de maquiagens, brincos, perfumes etc.), a aceitação de cargos públicos era terminantemente proibida. (Isso também é muito familiar, não é mesmo?). 

Observem que os ensinamentos desta seita tão antiga - século II e III da era cristã - para nossa tristeza e decepção, ainda, infelizmente, é praticada em pleno século XXI, pela denominação deste autor, e demais igrejas com algumas exceções, que estão ligadas na mesma fé e doutrina, sob o nome de "pecado de morte" - o qual já refutamos no artigo "Afinal, o que é "pecado de morte"?"

Vou continuar orando para que Deus limpe a sua igreja destes entulhos religiosos, que servem apena para dizimar milhares de almas, transformando a graça numa verdadeira desgraça com esta satânica "doutrina".

Mais uma vez, encerro clamando: SOLA MISERICÓRDIA!

BIBLIOGRAFIA


FRANGIOTTI, Roque. História das Heresias (séculos I - VII) - Conflitos Ideológicos Dentro do Cristianismo. São Paulo: Editora Paulus, 1995.


ATENÇÃO: A dissertação do presente texto, fez-se necessária, a fim de propagar conhecimento histórico e corrigir a informação do artigo anterior mencionado no principio desta Errata. Este autor pretende, desta forma, confirmar e ratificar a integridade, a veracidade, o prestigio e transparência deste modesto espaço - O Blog Teologando - bem como da teologia que é aqui exposta. Peço desculpas aos nobres leitores, e conto, humildemente, com a compreensão de todos. A paz de Deus!

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