sexta-feira, 4 de abril de 2014

A respeito de JULGAR. É correto julgar?


Por Mateus de Souza

Princípio: TODA a Bíblia é inspirada por Deus.

Nós estamos a todo momento fazendo julgamentos. "Será que tal comida faz bem para saúde"? "Será que fulano seria uma companhia correta para mim"? Julgar é algo que faz parte da vida do ser humano.
No contexto da Igreja, seria correto julgar os irmãos? Seria correto julgar os líderes? Seria correto julgar as coisas ensinadas, as supostas "revelações"?


Jesus, no Sermão do Monte, disse:
"Não julgueis, para que não sejais julgados.Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão." - Mateus 7:1-5


Podemos perceber que Cristo é totalmente contra o julgamento HIPÓCRITA. Isto é, fazer o mesmo e julgar a outra pessoa como errada, exercer um forte juízo e não olhar para si. Mas será que Cristo é TOTALMENTE contra qualquer tipo de julgamento? Será que não podemos julgar de maneira alguma? Vejamos:

"Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça." - João 7:24. Como podemos ver, DEVEMOS julgar segundo a reta justiça. Portanto, o argumento de que NUNCA devemos julgar está equivocado.

O que seria julgar segundo a reta justiça? Em outro ensinamento, Cristo disse que se alguém pecasse contra nós, e se arrependesse, deveríamos perdoar sempre, sem limites. E se alguém pecasse contra nós, e não se arrependesse, mesmo com as testemunhas, daí então a Igreja deveria considerá-lo como um não cristão. Essas coisas estão em Mateus 18.

Prosseguindo, o apóstolo Paulo ensinou que, ao irmão que cair em pecado, devemos primeiramente estender as nossas mãos e ajudá-lo (Gálatas 6:1-2). Se, todavia, o irmão, depois de cair em pecado, começasse a VIVER no pecado, a Igreja deveria julgá-lo e colocá-lo para fora. Foi o caso do fornicário em Corinto, que esteva vivendo em fornicação com a mulher de seu pai. Ele estava vivendo assim, não foi algo temporário, e a Igreja não fazia nada. Daí então Paulo diz:

"Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro?Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai pois dentre vós a esse iníquo."1 Coríntios 5:11-13


Pelo que entendemos até aqui, se ele tivesse praticado o ato mas tivesse se arrependido e abandonado o ato, não seria expulso. Mas ele estava vivendo assim e a Igreja não fazia nada. Apesar disso, acredita-se que ele tenha voltado à Igreja em 2 Coríntios 2, quando parece ter se arrependido do ato e ter abandonado.

Em relação a julgar o que é ensinado para a Igreja, a Bíblia nos exorta CLARAMENTE que devemos julgar tudo. Inclusive as ditas "revelações":

"E falem dois ou três profetas, e os outros julguem." - 1 Coríntios 14:29

Paulo julgou e expôs até os nomes dos falsificadores da Palavra de Deus.

"Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar. - 1 Timóteo 1:19-20. 

Como podemos ver, Himeneu e Alexandre foram julgados por Paulo e declarados falsificadores da Palavra de Deus.


Conclusão: Esse "mimimi" de que não não podemos julgar está errado. Devemos julgar sim, mas segundo a reta justiça e não de forma hipócrita, como vemos em Mateus 7. Devemos julgar os que VIVEM em pecado. E, se os tais se arrependerem e abandonarem suas práticas, devemos recebê-los de volta. Devemos julgar as profecias, revelações e tudo o que nos é ensinado, como o apóstolo Paulo fez e ordenou que fizéssemos.

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